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Processo n°: PROCESSO nº PCP - 06/00026205
UNIDADE GESTORA: Município de Laguna - SC.
Interessado: Sr. Célio Antônio - Prefeito Municipal
RESPONSÁVEL: Sr. Célio Antônio - Prefeito Municipal
Assunto: Prestação de Contas de Governo referente ao ano de 2005.
RELATÓRIO n°: 736/2006

PROJETO DE PARECER PRÉVIO

DO RELATÓRIO:

Tratam os autos das contas de 2005 do Governo do Município de Laguna, apresentadas pelo Prefeito Municipal, Sr. Célio Antônio, em cumprimento ao disposto no artigo 51 da Lei Complementar nº 202/2000.

DA INSTRUÇÃO:

A análise das contas pelo corpo técnico da Diretoria de Controle dos Municípios - DMU/TCE, deu origem ao Relatório de Instrução nº 4.373/2006, com registro às fls. 381 a 428, que concluiu por apontar as seguintes restrições:

I - DO PODER EXECUTIVO :

I - A. RESTRIÇÕES DE ORDEM LEGAL:

I.A.1. Déficit financeiro do Município (Consolidado) da ordem de R$ 167.588,54, resultante do déficit financeiro remanescente do exercício anterior, correspondendo a 0,62% da Receita Arrecadada do Município no exercício em exame (R$ 27.175.906,56) e, tomando-se por base a arrecadação média mensal do exercício em questão, equivale a 0,07 arrecadação mensal, em desacordo ao artigo 48, "b" da Lei nº 4320/64 e artigo 1º da Lei Complementar nº 101/2000 - LRF (item A.4.2.2.1);

I.A.2. Divergência de R$ 396,00, entre o saldo patrimonial registrado no Balanço Patrimonial - Anexo 14, e o apurado na Demostração das Variações Patrimoniais - Anexo 15, em descumprimento ao previsto no artigo 85 da Lei n. 4.320/64 (item B.1.1);

I.A.3. Divergência da ordem de R$ 134.562,66, entre o valor total da despesa da Câmara registrado no Anexo 2 do Balanço Consolidado do Município (R$ 1.196.057,14) e Anexo 02 da Câmara Municipal (R$ 1.330.619,80), todos da Lei nº 4.320/64, em descumprimento ao previsto no art. 85 e seguintes da Lei nº 4.320/64 (item B.4.1).

I - B. RESTRIÇÃO DE ORDEM REGULAMENTAR:

I.B.1. Ausência de remessa dos Relatórios de Controle Interno referentes aos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º bimestres de 2005, em descumprimento ao art. 5º, § 3º da Resolução nº TC - 16/94, alterado pelas Resoluções nº TC 15/96 e 11/2004 (item 6.1).

I - C. RESTRIÇÕES DE CARÁTER TÉCNICO-FORMAL:

I.C.1. Divergência da ordem de R$ 810.000,00, entre valores dos créditos autorizados e os apurados pela Instrução, com base nas informações prestadas pela Unidade, em resposta ao Ofício Circular TC/DMU n. 4192/2005, letra "A" (item B.3.1).

I.C.2. Ausência de Contabilização, junto aos Anexos que compõe o Balanço Anual do Município, da Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP, em desacordo com o Anexo I - Discriminação da receita da Portaria 219/2004 (item B.2.1);

Confrontando estas restrições com aquelas apuradas nas contas do exercício de 2004 e relatadas pelo eminente Conselheiro Wilson Rogério Wan-Dall, posso constatar que o Município de Laguna é reincidente na ausência de remessa dos relatórios bimestrais de controle interno e na divergência entre os valores dos créditos autorizados e os apurados pela instrução..

DA MANIFESTAÇÃO DO MPTC:

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado por seu Procurador Carlos Humberto Prola Júnior, se manifestou nos autos através do Parecer MPTC nº 3.8302006, conforme registro às fls. 430 a 433, concluindo por entender que o Balanço Geral do Município de Laguna apresenta de forma adequada a posição financeira, orçamentária e patrimonial, propondo a este Relator que encaminhe seu voto no sentido de recomendar à Câmara Municipal a APROVAÇÃO das Contas de 2005, e determine a formação de autos apartados para fins de análise por parte do corpo técnico dessa Corte de Contas de eventuais atos de gestãoi irregulares e, ainda recomendações para que a Prefeitura adote providências visando a correção das deficiências de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial apontadas pelo órgão instrutivo.

DA APRECIAÇÃO DAS CONTAS PELO RELATOR

De acordo com o artigo 51 da Lei Complementar n° 202/2000, as contas do Governo Municipal a ser apresentada pelo Prefeito consistem no Balanço Geral do Município e no Relatório do órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos.

O Parecer Prévio a ser emitido pelo Tribunal sobre essas contas não envolve o exame de responsabilidade dos administradores e consistirá na apreciação da gestão orçamentária, patrimonial e financeira, devendo demonstrar se o Balanço Geral representa adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial e se as operações estão de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade aplicados à administração pública. É o que estabelece os artigos 53 e 54 da Lei Complementar nº 202/2000.

Dentro deste enfoque e tendo por base o relatório de instrução, constatei que o Município de Laguna no exercício de 2005:

1. Aplicou, pelo menos 25% das receitas resultantes de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino, conforme exige o artigo 212 da Constituição Federal;

2. Aplicou, pelo menos 15% das receitas resultantes de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental, conforme exige o artigo 60 do ADCT;

3. Aplicou, pelo menos 60% dos recursos recebidos do FUNDEF na remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício, conforme exige o artigo 60, § 5º do ADCT;

4. Aplicou, pelo menos 15% das receitas produto de impostos em ações e serviços públicos de saúde, conforme exige o artigo 77, III do ADCT;

5. Os gastos com pessoal do Poder Executivo no exercício em exame se situaram abaixo do limite máximo de 54% da receita corrente líquida, conforme exige o artigo 20, item III da Lei de Responsabilidade Fiscal;

6. As despesas do Poder Legislativo se situaram dentro dos limites estabelecidos na Constituição Federal e na LC 101/2000;

7. O resultado da execução orçamentária do exercício em exame apresentou um superávit no valor de R$ 1.275.771,86, equivalente a 4,69% da receita arrecadada, reduzindo a insuficiência de caixa, em cumprimento ao exigido no artigo 48, "b" da Lei Federal 4.320/64 e artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº 101/2000;

8. O resultado da execução financeira do exercício apresentou um déficit de R$ 167.588,54 e equivalente a 0,62% da receita arrecadada no exercício, em descumprimento ao princípio do equilíbrio de caixa exigido pelo artigo 48, "b" da Lei Federal 4.320/64 e artigo 1º, § 1º da Lei Complementar nº 101/2000;

9. O Município de Laguna instituiu o sistema de controle interno através da Lei Municipal nº 99/2003, indicou o responsável, mas é reincidente na não remessa ao Tribunal de Contas dos Relatórios bimestrais de controle interno, descumprindo o exigido pelo artigo 5º da Resolução TC 16/94.

9. Não há registro de outros fatos relevantes que comprometem os princípios fundamentais da contabilidade aplicados a administração pública.

Em relação às restrições de ordem legal:

I.A.1. Déficit financeiro do Município (Consolidado) da ordem de R$ 167.588,54, resultante do déficit financeiro remanescente do exercício anterior, correspondendo a 0,62% da Receita Arrecadada do Município no exercício em exame (R$ 27.175.906,56) e, tomando-se por base a arrecadação média mensal do exercício em questão, equivale a 0,07 arrecadação mensal, em desacordo ao artigo 48, "b" da Lei nº 4320/64 e artigo 1º da Lei Complementar nº 101/2000 - LRF (item A.4.2.2.1);

No exercício em exame, conforme apurou a instrução, o Município de Laguna produziu um superávit orçamentário equivalente a 4,69% da receita realizada, reduzindo de forma significativa a insuficiência de caixa, razão pela qual entendo que a restrição pode ser tolerada.

I.A.2. Divergência de R$ 396,00, entre o saldo patrimonial registrado no Balanço Patrimonial - Anexo 14, e o apurado na Demostração das Variações Patrimoniais - Anexo 15, em descumprimento ao previsto no artigo 85 da Lei n. 4.320/64 (item B.1.1);

I.A.3. Divergência da ordem de R$ 134.562,66, entre o valor total da despesa da Câmara registrado no Anexo 2 do Balanço Consolidado do Município (R$ 1.196.057,14) e Anexo 02 da Câmara Municipal (R$ 1.330.619,80), todos da Lei nº 4.320/64, em descumprimento ao previsto no art. 85 e seguintes da Lei nº 4.320/64 (item B.4.1).

As divergências apuradas pela instrução, evidenciam de certa forma , a fragilidade dos controles internos da Unidade ao deixar de conferir os saldos das contas no encerramento do exercício para proceder de forma tempestiva os ajustes contábeis necessários.

Recomenda-se que o Chefe do Poder Executivo determine ao responsável pelo sistema de controle adoção de providências no sentido de corrigir e prevenir a ocorrência de novas inconsistências.

Em relação as restrições de caráter técnico-formal:

I.C.1. Divergência da ordem de R$ 810.000,00, entre valores dos créditos autorizados e os apurados pela Instrução, com base nas informações prestadas pela Unidade, em resposta ao Ofício Circular TC/DMU n. 4192/2005, letra "A" (item B.3.1).

Conforme pude constar através da manifestação do Egrégio Tribunal Pleno sobre as contas de 2004, o Município de Laguna é reincidente nessa restrição, evidenciando a fragilidade dos controles interno e o descaso da Unidade com as decisões dessa Corte de Contas, razão pela qual proponho a formação de autos apartados para apurar os fatos e o responsável para, se for o caso, imputar as penalidades previstas no artigo 70 da LC 202/2000.

I.C.2. Ausência de Contabilização, junto aos Anexos que compõe o Balanço Anual do Município, da Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP, em desacordo com o Anexo I - Discriminação da receita da Portaria 219/2004 (item B.2.1);

Conforme apurou a instrução, a Unidade está contabilizando a COSIP como Taxa de Iluminação Pública, quando o correto seria o registro como Contribuição, nos termos da Portaria STN 219/2004, razão pela qual determino que a Unidade adote providências no sentido de corrigir o procedimento.

Em relação a implantação e operação do sistema de controle interno:

Conforme anotou a instrução às fls. 407 e 408, o Município de Laguna implantou o sistema de controle interno, nomeou o seu responsável no prazo estabelecido mas, de forma reincidente, não encaminhou os relatórios bimestrais de controle interno, na forma exigida no artigo 5º da Resolução nº TC 16/94.

A implantação e operação do Sistema de Controle Interno nas Administrações Municipais, é uma exigência Constitucional e legal para o exercício da fiscalização dos atos administrativos, e em apoio também as funções do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas, conforme disposto nos artigos 31, 70 e 74 da Constituição Federal, artigos 76 a 79 da Lei Federal n° 4.320/64, artigos 54, parágrafo único e 59 da Lei Complementar n° 101/2000.

Em atendimento ao comando Constitucional e Legal e dentro das possibilidades de evolução do processo do controle pela boa e regular aplicação dos recursos públicos, o Estado de Santa Catarina, através da Lei Complementar n° 202 de 15/12/2000 em seu artigo 119, estabeleceu o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da sua publicação, para que os Municípios implantassem o seu sistema de controle interno.

Sensível às dificuldades enfrentadas pelos Municípios a partir de 2000 de se adaptar às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tribunal de Contas atendeu reivindicação da FECAM e através da Lei Complementar n° 246/2003 estendeu o prazo oferecido pelo artigo 119 da Lei Complementar 202/2000 para 31/12/2003, de maneira que a partir do exercício de 2004, todos os Municípios comprovassem a implantação e operação do sistema de controle interno.

Reconheço o sistema de controle interno como uma ferramenta extremamente importante na fiscalização pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.

Ele pode ser entendido como um braço do Tribunal de Contas dentro das unidades gestoras, contribuindo:

a) Para a fiscalização do cumprimento dos princípios que regem a administração pública;

b) Pela boa e regular aplicação dos recursos públicos;

c) Pelo desenvolvimento de uma cultura e uma estrutura de controle capaz de combater a fraude, o desperdício, os desvios, a corrupção e a má aplicação dos recursos públicos;

d) Para uma melhor qualidade dos serviços públicos em benefício da sociedade;

e) Para a divisão das responsabilidades pela execução dos atos, profissionalização e valorização dos servidores;

f) Para que o Tribunal de Contas possa evoluir e utilizar seu valioso corpo técnico na avaliação dos resultados econômicos e sociais com a aplicação dos recursos que a sociedade entrega aos governantes, conforme previsto no parágrafo único do artigo 53 da Lei complementar n° 202/2000.

Como pode ser avaliado se o Município implantou e operou o sistema de controle interno em 2005? A resposta eu encontro na nossa Lei Orgânica e no nosso Regimento Interno: Lei Complementar n° 202/2000 e suas alterações e Resolução TC-06/2001 e suas alterações. Senão vejamos:

01. Lei Municipal de implantação do Sistema de Controle Interno. Artigo 119 da LC 202/2000 alterado pelo artigo 1° da LC 246/2003.

02. Decreto Municipal de regulamentação do Sistema de Controle Interno.

03. Definição da estrutura organizacional;

04. Indicação do responsável pelo Sistema de Controle Interno. Art. 62 da LC 202/2000.

05. Normatização dos principais atos administrativos. Artigo 62 da LC 202/2000.

06. Elaboração de programa de auditoria ou de verificação do cumprimento das normas editadas para os principais atos da administração. Artigo 61, I da LC 202/2000.

07. Auditoria ou verificação do cumprimento das normas de controle interno, conforme programa, com registro em relatório. Artigo 61, II da LC 202/2000.

08. Indicação das medidas adotadas ou a adotar para corrigir e prevenir a ocorrência de novas falhas eventualmente apuradas e indicadas no relatório. Artigos 61, II e 62, § 1° da LC 202/2000.

09. Instauração de Tomada de Contas Especial nos casos de apuração de dano ao erário. Artigo 10 da LC 202/2000.

10. Instauração de processo administrativo para punir os agentes públicos pelo descumprimento de normas de controle interno. Artigo 62 da LC 202/2000 e artigo 130 da Resolução TC 06/2001.

11. Encaminhamento de relatório de auditoria e tomada de contas especial ao Tribunal de Contas. Artigos 61, II e 62, § 1° da LC 202/2000, artigo 12, § 2° da Resolução TC 06/2001.

12. Emissão de parecer sobre as contas anuais de governo e encaminhamento ao Tribunal de Contas juntamente com o Balanço Geral conforme disposto no artigo 51 da LC 202/2000 e artigos 83 e 84 da Resolução TC 06/2001.

Como o Município de Laguna não encaminhou os relatórios bimestrais de controle interno, repetindo a falta apurada na apreciação das contas de 2004, possivelmente não estã operando o sistema, razão pela qual proponho a formação de autos apartados, nos termos do artigo 85, § 2º da Resolução TC 06/2001, para apuração dos fatos e dos responsáveis e, se for o caso, imputação das penalidades previstas no artigo 70 da LC 202/2000.

Dessa apreciação geral da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, posso concluir que o Balanço Geral do Município de Laguna representa ADEQUADAMENTE a posição financeira, orçamentária e patrimonial, assim como as operações em geral estão de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade aplicados à administração pública municipal, o que me permite propor pelo seguinte

VOTO:

Ante o exposto, apresento ao Egrégio Plenário o seguinte PARECER PRÉVIO quanto:

1. Processo nº PCP 06/00026205

2. Assunto: Grupo 7 - Prestação de Contas de Prefeito de 2005

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA, reunido nesta data, em Sessão Ordinária, com fulcro nos arts. 31 da Constituição Federal, 113 da Constituição do Estado e 1º e 50 da Lei Complementar 202/2000, tendo examinado e discutido a matéria, acolhe o Relatório e a Proposta de Parecer Prévio do Relator, aprovando-os, e considerando ainda que:

I - é da competência do Tribunal de Contas do Estado, no exercício do controle externo que lhe é atribuído pela Constituição, a emissão de Parecer Prévio sobre as Contas anuais prestadas pelo Prefeito Municipal;

II - ao emitir Parecer Prévio, o Tribunal formula opinião em relação às contas, que consiste na apreciação geral e fundamentada da gestão orçamentária, patrimonial e financeira havida no exercício para avaliar se o Balanço Geral do Município representa adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial e se as operações estão de acordo com os princípio fundamentais da contabilidade aplicados à administração pública municipal;

III - é da competência exclusiva da Câmara Municipal, conforme determina a Constituição Estadual, em seu art. 113, o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Prefeito;

IV - o julgamento pela Câmara Municipal das contas prestadas pelo Prefeito não exime de responsabilidade os administradores e responsáveis pela arrecadação, guarda e aplicação dos bens, dinheiros e valores públicos, cujos atos de gestão sujeitam-se ao julgamento técnico-administrativo do Tribunal de Contas do Estado;

6.1. EMITE PARECER recomendando à Egrégia Câmara Municipal a APROVAÇÃO das contas anuais do Governo Municipal de Laguna, relativas ao exercício de 2005, sugerindo que, quando do julgamento, atente para a possível ausência de operação do Sistema de Controle Interno, em descumprimento das exigências contidas na Lei Complementar nº 202/2000 e na Resolução TC 06/2001, fato que pode comprometer o controle pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.

6.2. Recomenda o Poder Executivo Municipal que opere o sistema de controle interno na forma estabelecida na Lei Complementar n° 202/2000 e na Resolução TC 06/2001.

6.3. Determina à Secretaria Geral - SEG, deste Tribunal, a formação de autos apartados para apuração dos fatos, dos responsáveis, conforme disposto no artigo 85, § 2º da Resolução TC-06/2001, referente as restrições abaixo:

6.3.1. Reincidência na ausência de remessa dos Relatórios de Controle Interno referentes aos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º bimestres de 2005, em descumprimento ao art. 5º, § 3º da Resolução nº TC - 16/94, alterado pelas Resoluções nº TC 15/96 e 11/2004.

6.3.2. Divergência da ordem de R$ 810.000,00, entre valores dos créditos autorizados e os apurados pela Instrução, com base nas informações prestadas pela Unidade, em resposta ao Ofício Circular TC/DMU n. 4192/2005, letra "A". (Reincidência)

6.4. Determina que o Chefe do Poder Executivo adote providências para prevenir a ocorrência de divergências contabéis (itens I.A.2 e I.A.3) e para registrar adequadamente a receita orginária da COSIP, conforme a estabelecido na Portaria STN nº 219/2004 e alterações posteriores.

6.5. Dar ciência desta decisão à Prefeitura Municipal de Laguna e ao responsável pelas contas do Governo Municipal em 2005.

CÉSAR FILOMENO FONTES

Conselheiro Relator