TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICÍPIOS - DMU

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PROCESSO

PCP 07/00120912
   

UNIDADE

município DE ITAPOÁ  
   

RESPONSÁVEL

Sr. SÉRGIO FERREIRA DE AGUIAR - Prefeito Municipal
   
ASSUNTO Reinstrução das contas prestadas pelo Prefeito Municipal referente ao ano de 2006, por determinação do Conselheiro Relator do Processo, nos termos do art. 52 da Lei Complementar nº 202/2000
   
RELATÓRIO N° 2.456/2007

INTRODUÇÃO

O MUNICÍPIO de Itapoá, está sujeito ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal de Contas, nos termos da Constituição Federal, art. 31; da Constituição Estadual, art. 113; da Lei Complementar Estadual nº 202, de 15/12/2000, arts. 50 a 54; da Resolução nº TC 06/2001, 13/12/2001 (RITC), arts. 82 a 94; e da Resolução nº TC 16/94, de 21/12/1994, arts. 20 a 26.

Em atendimento às disposições dos arts. 20 a 26 da Resolução nº TC 16/94 e art. 22 da Instrução Normativa TC N º 02/2001, bem como, a Instrução Normativa nº 04/2004, art. 3º, I, a Prefeitura encaminhou, por meio documental, o Balanço Anual do exercício financeiro de 2006 - autuado como Balanço Consolidado do Município (Processo nº PCP 07/00120912) e o Balanço da Prefeitura Municipal, referente a Prestação de Contas do Prefeito, protocolado sob o n.º 4.770, de 02/03/2007, bem como bimestralmente, por meio eletrônico, as informações dos registros contábeis e de execução orçamentária.

II - DA MANIFESTAÇÃO DO PREFEITO MUNICIPAL

Procedido o exame das contas do exercício de 2006 do Município, foi emitido o Relatório no 1.522/2007, de 06/07/2007, integrante do Processo no PCP 07/00120912.

Referido processo seguiu tramitação normal, sendo tramitado em 09/07/2007 ao Exmo. Conselheiro Relator, que decidiu devolver à DMU para que esta encaminhasse ao Responsável à época, Sr. Sérgio Ferreira de Aguiar, no sentido de manifestar-se sobre as restrições contidas no citado Relatório, nos termos do art. 52 da Lei Complementar nº 202/2000 e art. 57, § 3º do Regimento Interno, o que foi efetuado através do ofício no DMU/TC 9.964/2007, de 11/07/2007.

O Prefeito Municipal solicitou prorrogação do prazo inicialmente fixado para apresentar esclarecimentos através do ofício nº 009/2007, de 30/07/2007, protocolado sob nº 013569, neste Tribunal de Contas, em 31/07/2007, tendo sido deferido pelo Conselheiro Relator em 02/08/2007, conforme constante no ofício TC/DMU 11.230/2007.

Conforme solicitação do Exmo. Conselheiro Relator, o Prefeito Municipal, pelo ofício no 059/2007, de 20/08/2007, apresentou alegações de defesa (assim como remeteu documentos) sobre as restrições contidas no aludido relatório, estando anexadas às folhas 1.064 a 1.146 do processo.

Considerando que o Exmo. Conselheiro Relator, em seu despacho, determinou que o Responsável se manifestasse acerca das restrições contidas nos itens II.A.II, II.B.1 a II.B.3, II.B.6 a II.B.15 da conclusão do citado Relatório, nesta oportunidade, somente serão analisadas por esta Instrução referidas restrições, ainda que tenha o Responsável se manifestado sobre as demais.

Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstrução.

III - DA REINSTRUÇÃO

Nestes termos, procedida a reinstrução, apurou-se o que segue:

A.1 - ORÇAMENTO FISCAL

O Orçamento Fiscal do Município, aprovado pela Lei nº 45, de 17/12/05, estimou a receita e fixou a despesa em R$ 22.417.000,00, para o exercício em exame.

A dotação "Reserva de Contingência" foi orçada em R$ 354.000,00, que corresponde a 1,58% do orçamento.

A.1.1 - Créditos Orçamentários e Adicionais

Os créditos autorizados podem ser assim demonstrados:

Demonstrativo_01
Créditos Orçamentários Valor (R$)
Créditos Orçamentários 22.417.000,00
Ordinários 22.063.000,00
Reserva de Contingência 354.000,00
   
(+) Créditos Adicionais 6.744.619,29
Suplementares 6.058.975,67
Extraordinários 685.643,62
   
(-) Anulações de Créditos 3.791.982,12
Orçamentários/Suplementares 3.791.982,12
   
(=) Créditos Autorizados 25.369.637,17

Demonstrativo_02 Como recursos para abertura de Créditos Adicionais, foram utilizados os seguintes:

Recursos para abertura de créditos adicionais Valor (R$) %
Recursos de Excesso de Arrecadação 1.289.133,06 19,11
Recursos de Anulação de Créditos Ordinários 3.791.982,12 56,22
Superávit Financeiro 252.444,11 3,74
Outros Recursos não Identificados 1.411.060,00 20,92
T O T A L 6.744.619,29 100,00

Os créditos adicionais abertos no exercício examinado atingiram o montante de R$ 6.744.619,29, equivalendo a 30,09% do total orçado. Daqueles créditos, os suplementares representam 89,83% e os extraordinários 10,17%.

As anulações de dotações efetuadas foram da ordem de R$ 3.791.982,12, equivalendo a 16,92% das dotações iniciais do orçamento.

A.2 - execução orçamentária

A execução orçamentária do Município pode ser demonstrada, sinteticamente, da seguinte forma:Demonstrativo_03

Previsão/Autorização

Execução Diferenças
RECEITA 22.417.000,00 20.290.897,80 (2.126.102,20)
DESPESA 25.369.637,17 19.494.225,60 (5.875.411,57)
Superávit de Execução Orçamentária 796.672,20 -
Fonte : Balanço Orçamentário

Considerando o Orçamento Centralizado (Prefeitura Municipal) e o conjunto do orçamento das demais Unidades tem-se a seguinte execução orçamentária:

  EXECUÇÃO
RECEITAS  
Da Prefeitura 7.331.491,00
Das Demais Unidades 12.959.406,80
TOTAL DAS RECEITAS 20.290.897,80

DESPESAS  
Da Prefeitura 8.522.039,13
Das Demais Unidades 10.972.186,47
TOTAL DAS DESPESAS 19.494.225,60
SUPERÁVIT 796.672,20

Obs.: Na apuração da Receita tanto da Prefeitura como das Demais Unidades foram consideradas as Transferências Financeiras Concedidas e Recebidas, conforme dados do Balanço Financeiro - Anexo 13 da Lei 4.320/64 da Unidade Prefeitura Municipal.

Ajuste do resultado consolidado de execução orçamentária

Na apuração do resultado da execução orçamentária do exercício em análise serão desconsideradas as despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou sequer empenhadas, inclusive as despesas com pessoal no valor de R$ 33.997,05, as quais foram incluídas no resultado orçamentário do exercício anterior:

  EXECUÇÃO

RECEITAS  
Da Prefeitura 7.331.491,00
Das Demais Unidades 12.959.406,80
TOTAL DAS RECEITAS 20.290.897,80

DESPESAS  
Da Prefeitura 8.522.039,13
Da Prefeitura: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou e não empenhadas, inclusive despesas com pessoal (ajuste no exercício anterior) (33.997,05)
Despesa das Unidades 10.972.186,47
TOTAL DAS DESPESAS 19.460.228,55
   
SUPERÁVIT 830.669,25

Obs.: A divergência, no valor de R$ 50.249,11, entre o resultado orçamentário consolidado ocorrido no exercício em análise, acima demonstrado, e a variação do saldo patrimonial financeiro (página 18, deste Relatório), encontra-se anotada sob o item B.1.1, páginas 43 e 44, deste Relatório.

Resultado Consolidado Ajustado

O resultado orçamentário consolidado ajustado apresentou um Superávit de execução orçamentária de R$ 830.669,25 representando 4,09% da receita arrecadada do Município no exercício em exame, o que equivale a 0,49 arrecadação mensal - média mensal do exercício.

Salienta-se que o resultado consolidado Superávit de R$ 830.669,25 é composto pelo resultado do Orçamento Centralizado - Prefeitura Municipal Déficit de R$ 1.156.551,08, parcialmente absorvido pelo superávit financeiro do exercício anterior (R$ 868.700,37), e do conjunto do Orçamento das Demais Unidades Municipais Superávit de R$ 1.987.220,33.

Resultado Orçamentário Consolidado Ajustado Excluído o Resultado Orçamentário do Instituto de Previdência

Desconsiderando o resultado orçamentário do Instituto de Previdência, o Município passa a ter a seguinte execução orçamentária:

 

RECEITA

DESPESA RESULTADO
Prefeitura e Demais Unidades 20.290.897,80 19.460.228,55 830.669,25
(-) Instituto de Previdência 2.287.055,39 476.771,14 1.810.284,25
Resultado Ajustado 18.003.842,41 18.983.457,41 (979.615,00)

O resultado orçamentário consolidado, excluído o Instituto de Previdência, apresentou um Déficit de execução orçamentária de R$ 979.615,00 representando 4,83% da Receita Arrecadada do Município no exercício em exame, o que equivale a 0,58 arrecadação mensal (média mensal do exercício).

O Instituto de Previdência do Município de Itapoá apresentou um superávit orçamentário de R$ 1.810.284,25, representando 8,92% da Receita Consolidada, sem o qual o Município passa a ter um déficit de R$ 979.615,00, representando 4,83% da receita arrecadada do Município no exercício em exame, o que equivale a 0,58 arrecadação mensal - média mensal do exercício, tendo sido parcialmente absorvido pelo superávit financeiro do exercício anterior (2005), deste já deduzido o superávit financeiro do referido Instituto/Fundo.

Ante o exposto evidencia-se a seguinte restrição:

"O Déficit da execução orçamentária do Município, ocorreu devido ao atraso na liberação dos Convênios 9.548/2006-6, 16730/2005-4 e 9401/2006-3, firmados com o Governo do Estado de Santa Catarina, que corresponde montante de R$ 485.691,42 (Quatrocentos e Oitenta e Cinco Mil, e Seiscentos e Noventa e Um Reais e Quarenta e Dois Centavos ):

Relação dos empenhos vinculados aos Convênios

EMPENHO DATA CREDOR CONVÊNIOS VALOR R$
0583/06 10/02/06 Vogelsanger Pavimentações Ltda 16730/2005-4 240.546,02
1059/06 04/09/06 Kualitter Serv. de Manutenção Ltda 9.548/2006-6 50.000,00
1060/06 04/09/06 Kualitter Serv. de Manutenção Ltda 9.548/2006-6 54.547,79
2111/06 17/08/06 Kualitter Serv. de Manutenção Ltda 9.401/2006-3 46.572,77
2712/06 17/08/06 Kualitter Serv. de Manutenção Ltda 9.401/2006-3 310.516,84
TOTAL 485.691,42

Segue cópias dos convênios: ANEXO III."

A Origem alega que a ocorrência do Déficit de Execução Orçamentária do Município, no montante de R$ 979.615,00, decorreu do atraso na liberação de recursos de convênios, acima relacionados, no valor de R$ 485.691,42, pactuados com o Governo do Estado de Santa Catarina.

Isto posto, torna-se importante ratificar que grande parte do referido Déficit de Execução Orçamentária, de R$ 979.615,00, foi absorvido pelo superávit financeiro do Município registrado no exercício anterior, R$ 874.590,61. Entretanto, no que se refere a liberação de recursos de Convênios, ora alegada, ressalta-se que não restou comprovado o direito líquido e certo pela Unidade sobre o registro como despesas no Órgão repassador dos referidos recursos, de acordo com o previsto na Portaria nº 4471, de 13/09/2002, da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, que dispõe sobre normas gerais de registro de transferências intergovernamentais no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, artigo 3º, sobre direitos a receber, abaixo transcrito:

Ademais, no Balanço Patrimonial Consolidado de 2006 - Anexo 14 - Ativo Realizável, folhas 219, não há contabilização à título de Direitos a receber, inclusive, na documentação remetida, não houve comprovação através dos extratos de conta corrente de cada convênio a respeito dos valores efetivamente recebidos em 2006 e 2007, apesar do envio a este Tribunal, neste momento, de cópia dos respectivos termos de convênio, folhas 1.094 a 1.120.

Por último, verifica-se que a despesa a pagar liquidada perfaz a importância de R$ 290.127,97, folhas 1.091 a 1.093, diferentemente do valor total, acima apresentado, na relação dos empenhos vinculados aos Convênios.

Assim, permanece a presente restrição, pelos motivos acima destacados, por parte desta instrução.

"O Déficit da execução orçamentária da Unidade Prefeitura, ocorreu devido a atraso na liberação do Convênios 16730/2005-4 e 9401/2006-3, firmados, com o Governo do Estado."

Para o apontamento em tela, são válidas as considerações apresentadas no item A.2.a, deste Relatório, uma vez que referem-se ao mesmo assunto. Portanto, esta restrição persiste.

Impacto do Resultado da Execução Orçamentária da Prefeitura no Orçamento Consolidado

Desconsiderando as despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou sequer empenhadas no exercício, temos que:

O Orçamento Centralizado (Prefeitura Municipal) teve como resultado o Déficit de execução orçamentária de R$ 1.156.551,08, face ao confronto da Receita Arrecadada de R$ 7.331.491,00 (ajustada pela dedução das transferências financeiras líquidas realizadas de R$ 7.360.268,59), e a Despesa Realizada R$ 8.488.042,08.

Dessa forma, conclui-se que o Resultado da Execução Orçamentária da Prefeitura R$ 1.156.551,08, interferiu Negativamente no Resultado Ajustado da Execução Orçamentária do Município.

A Prefeitura está sendo financiada pelas demais unidades gestoras municipais, mas o orçamento do Município é superavitário

UNIDADES RESULTADO VALORES R$
PREFEITURA DÉFICIT 1.156.551,08
DEMAIS UNIDADES SUPERÁVIT 1.987.220,33
TOTAL SUPERÁVIT 830.669,25

O resultado do orçamento consolidado, Superávit de R$ 830.669,25 deu-se em razão do resultado negativo do orçamento centralizado (Prefeitura Municipal), Déficit de R$ 1.156.551,08, sendo aumentado face ao desempenho positivo em conjunto das demais unidades gestoras municipais, Superávit de R$ 1.987.220,33.

A.2.1 - Receita

No âmbito do Município, a receita orçamentária pode ser entendida como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente às suas despesas.

A receita arrecadada do exercício em exame atingiu o montante de R$20.290.897,80, equivalendo a 90,52 % da receita orçada.

Gráfico_01 A.2.1.1 - Receita por Fontes

As receitas por fontes e a participação absoluta e relativa de cada uma delas no montante da receita arrecadada, são assim demonstradas:Demonstrativo_04

RECEITA POR FONTES

2004

2005

2006

  Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %
Receita Tributária 4.225.780,47 24,11 3.945.251,86 18,15 4.475.044,39 22,05
Receita de Contribuições 2.356.935,27 13,45 5.612.630,46 25,82 1.558.278,29 7,68
Receita Patrimonial 455.614,75 2,60 1.020.352,82 4,69 3.172.591,24 15,64
Receita de Serviços 55.770,66 0,32 111.258,12 0,51 62.779,58 0,31
Transferências Correntes 7.442.132,38 42,46 7.561.620,07 34,79 8.565.848,40 42,22
Outras Receitas Correntes 1.904.313,91 10,87 1.848.564,10 8,51 2.126.355,90 10,48
Alienação de Bens 22.500,00 0,13 0,00 0,00 0,00 0,00
Transferências de Capital 1.060.820,53 6,05 1.634.468,69 7,52 330.000,00 1,63
Outras Receitas de Capital 1.493,06 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
TOTAL DA RECEITA ARRECADADA 17.525.361,03 100,00 21.734.146,12 100,00 20.290.897,80 100,00

Participação Relativa da Receita por Fontes na Receita Arrecadada - 2006Gráfico_02 A.2.1.2 - Receita Tributária

A receita tributária compreende os ingressos financeiros oriundos dos tributos de competência do próprio município.

Quadro Demonstrativo da Receita TributáriaDemonstrativo_05

RECEITA TRIBUTÁRIA

2004

2005

2006

  Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %
Receita de Impostos 3.330.279,19 19,00 3.328.844,44 15,32 3.904.581,15 19,24
IPTU 2.519.746,26 14,38 2.390.821,54 11,00 2.928.331,69 14,43
IRRF 281.535,41 1,61 405.703,30 1,87 373.935,07 1,84
ISQN 183.273,59 1,05 182.359,77 0,84 240.165,87 1,18
ITBI 345.723,93 1,97 349.959,83 1,61 362.148,52 1,78
Taxas 623.051,44 3,56 481.167,11 2,21 497.838,12 2,45
Contribuições de Melhoria 272.449,84 1,55 135.240,31 0,62 72.625,12 0,36
             
Receita Tributária 4.225.780,47 24,11 3.945.251,86 18,15 4.475.044,39 22,05
             
TOTAL DA RECEITA ARRECADADA 17.525.361,03 100,00 21.734.146,12 100,00 20.290.897,80 100,00

Participação Relativa dos Impostos na Receita Total de Impostos - 2006

Gráfico_03

A.2.1.3 - Receita de Contribuições

As receitas de contribuições compreendem o somatório das receitas de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas.

Quadro Demonstrativo da Receita de ContribuiçõesDemonstrativo_06

RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

2006

Valor (R$) %
Contribuições Sociais 496.403,17 2,45
Contribuições Econômicas 1.061.875,12 5,23
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP 1.061.875,12 5,23
Outras Contribuições Econômicas 0,00 0,00
     
Total da Receita de Contribuições 1.558.278,29 7,68
     
TOTAL DA RECEITA ARRECADADA 20.290.897,80 100,00

A.2.1.4 - Receita de Transferências

A receita de transferências é constituída pelos recursos financeiros recebidos de outras Pessoas de Direito Público, basicamente dos governos Federal e Estadual, e de Pessoas de Direito Privado.

Quadro Demonstrativo da Receita de TransferênciasDemonstrativo_06

RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS

2004

2005

2006

  Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 7.442.132,38 42,46 7.561.620,07 34,79 8.565.848,40 42,22
Transferências Correntes da União 4.317.105,30 24,63 3.913.275,96 18,01 4.331.381,74 21,35
Cota-Parte do FPM 2.515.273,00 14,35 3.106.864,04 14,29 3.422.505,69 16,87
(-) Dedução de Receita para formação do FUNDEF - FPM (394.146,72) (2,25) (481.326,53) (2,21) (513.375,85) (2,53)
Cota do ITR 5.763,00 0,03 5.181,59 0,02 9.953,65 0,05
Transferências Financeiras do ICMS - Desoneração L.C. N.º 87/96 32.081,30 0,18 38.067,42 0,18 16.001,99 0,08
(-)Dedução de Receita para Formação do Fundef - ICMS Desoneração - L.C. N.º 87/96 (4.054,08) (0,02) (13.519,37) (0,06) (2.000,21) (0,01)
Receita Referente Ajuste do FPM (LC 91/97) 0,00 0,00 0,00 0,00 207.549,73 1,02
(-) Dedução do Ajuste do FPM para formação do FUNDEF 0,00 0,00 0,00 0,00 (31.131,86) (0,15)
Cota-Parte da Contribuição do Salário Educação 199.854,22 1,14 268.937,39 1,24 0,00 0,00
Transferências de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Naturais 1.352.975,73 7,72 36.917,99 0,17 46.416,68 0,23
Transferência de Recursos do Sistema Único de Saúde - SUS - Repasses Fundo a Fundo (União) 338.463,26 1,93 570.885,37 2,63 629.308,48 3,10
Transferência de Recursos do FNAS 37.138,53 0,21 71.174,82 0,33 69.218,80 0,34
Transferências de Recursos do FNDE 0,00 0,00 6.648,76 0,03 444.151,61 2,19
Demais Transferências da União 233.757,06 1,33 303.444,48 1,40 32.783,03 0,16
             
Transferências Correntes do Estado 1.117.546,85 6,38 1.304.509,71 6,00 1.506.644,74 7,43
Cota-Parte do ICMS 1.158.473,78 6,61 1.315.811,51 6,05 1.416.130,17 6,98
(-) Dedução de Receita para formação do Fundef - ICMS (174.996,54) (1,00) (197.371,53) (0,91) (212.686,40) (1,05)
Cota-Parte do IPVA 69.481,75 0,40 94.843,20 0,44 123.285,34 0,61
Cota-Parte do IPI sobre Exportação 38.138,34 0,22 52.134,02 0,24 49.907,33 0,25
(-) Dedução de Receita para formação do Fundef - IPI s/ Exportação (5.894,65) (0,03) (8.957,95) (0,04) (7.485,99) (0,04)
Transferências da Cota-Parte da Compensação Financeira (25%) 0,00 0,00 0,00 0,00 2.820,07 0,01
Outras Transferências do Estado 32.344,17 0,18 37.958,44 0,17 134.674,22 0,66
Transferências de Recursos do Estado para Programa de Saúde - Repasse Fundo a Fundo 0,00 0,00 10.092,02 0,05 0,00 0,00
             
Transferências Multigovernamentais 2.007.480,23 11,45 2.343.834,40 10,78 2.724.092,32 13,43
Transferências de Recursos do Fundef 2.007.480,23 11,45 2.343.834,40 10,78 2.724.092,32 13,43
             
Transferências de Pessoas 0,00 0,00 0,00 0,00 3.729,60 0,02
             
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 1.060.820,53 6,05 1.634.468,69 7,52 330.000,00 1,63
             
TOTAL DAS RECEITAS DE TRANSFERÊNCIAS 8.502.952,91 48,52 9.196.088,76 42,31 8.895.848,40 43,84
             
TOTAL DA RECEITA ARRECADADA 17.525.361,03 100,00 21.734.146,12 100,00 20.290.897,80 100,00

A.2.1.5 - Receita de Dívida Ativa

A dívida ativa origina-se dos créditos da fazenda pública lançados e não arrecadados até a data de seus vencimentos. A arrecadação a título de dívida ativa, no exercício em exame, foi da ordem de R$ 1.760.277,50 e desta, R$ 1.723.355,14 refere-se a dívida ativa proveniente de receita de impostos.

A.2.1.6 - Receita de Operações de Crédito

Durante o exercício não houve operações dessa natureza.

A.2.2 - Despesas

A despesa orçamentária é aquela realizada pela administração pública para a manutenção e o funcionamento dos serviços públicos, bem como, para a produção, aquisição ou constituição de bens que integrarão o patrimônio público ou para uso da comunidade, devidamente autorizada por lei.

A despesa realizada no exercício em exame do Município atingiu o montante de R$ 19.494.225,60, equivalendo a 76,84% da despesa autorizada.

OObs.: Desconsiderando o valor de R$ 33.997,05 referente às despesas empenhadas e canceladas e/ou e não empenhadas, inclusive despesas com pessoal do exercício anterior, o total das despesas realizadas no exercício em análise passa a ser de R$ 19.460.228,55.

A.2.2.1 - Despesas por Função de Governo

As despesas por função de governo e as participações absoluta e relativa, de cada uma delas no montante da despesa realizada, são assim demonstradas:Demonstrativo_07

DESPESA POR FUNÇÃO DE GOVERNO

2004

2005

2006

  Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %
01-Legislativa 629.455,56 3,82 840.945,45 4,74 889.141,84 4,56
04-Administração 2.934.774,33 17,83 3.528.748,94 19,90 4.846.125,59 24,86
06-Segurança Pública 0,00 0,00 0,00 0,00 4.885,34 0,03
08-Assistência Social 290.998,72 1,77 395.892,58 2,23 281.943,88 1,45
09-Previdência Social 134.339,90 0,82 205.544,01 1,16 476.771,14 2,45
10-Saúde 2.987.852,04 18,15 3.272.916,00 18,46 3.727.081,20 19,12
12-Educação 4.579.839,22 27,82 4.792.443,63 27,03 6.207.421,36 31,84
13-Cultura 69.363,21 0,42 99.504,20 0,56 74.541,14 0,38
15-Urbanismo 4.380.645,12 26,61 3.805.405,75 21,46 802.916,30 4,12
18-Gestão Ambiental 94.884,20 0,58 74.030,13 0,42 99.689,27 0,51
20-Agricultura 108.704,27 0,66 222.702,19 1,26 167.269,38 0,86
23-Comércio e Serviços 142.450,72 0,87 251.233,10 1,42 205.785,57 1,06
25-Energia 0,00 0,00 0,00 0,00 1.013.132,86 5,20
27-Desporto e Lazer 106.492,01 0,65 242.377,07 1,37 697.520,73 3,58
             
TOTAL DA DESPESA REALIZADA 16.459.799,30 100,00 17.731.743,05 100,00 19.494.225,60 100,00

Obs.: Desconsiderando o valor de R$ 33.997,05 referente às despesas empenhadas e canceladas e/ou e não empenhadas, inclusive despesas com pessoal do exercício anterior, o total das despesas realizadas no exercício em análise passa a ser de R$ 19.460.228,55.

A.2.2.2 - Demonstrativo das Despesas por Elemento segundo os Grupos de Natureza de Despesa

As despesas por elementos são assim demonstradas:

Demonstrativo_08

DESPESA POR ELEMENTOS

2004

2005

2006

  Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %
DESPESAS CORRENTES 13.051.397,80 79,29 14.684.557,18 86,94 16.929.414,38 86,84
Pessoal e Encargos 6.913.871,69 42,00 7.454.996,55 44,14 8.889.870,80 45,60
Salário-Família 0,00 0,00 0,00 0,00 377,76 0,00
Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 5.802.801,56 35,25 7.031.934,40 41,63 8.306.163,98 42,61
Obrigações Patronais 860.022,79 5,22 372.954,57 2,21 545.745,59 2,80
Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 0,00 0,00 15.150,00 0,09 0,00 0,00
Sentenças Judiciais 0,00 0,00 3.682,68 0,02 0,00 0,00
Despesas de Exercícios Anteriores 251.047,34 1,53 31.274,90 0,19 37.583,47 0,19
Juros e Encargos da Dívida 0,00 0,00 990,00 0,01 19.050,36 0,10
Juros sobre a Dívida por Contrato 0,00 0,00 990,00 0,01 19.050,36 0,10
Outras Despesas Correntes 6.137.526,11 37,29 7.228.570,63 42,80 8.020.493,22 41,14
Aposentadorias e Reformas 64.560,28 0,39 116.582,68 0,69 191.024,64 0,98
Pensões 39.673,72 0,24 52.374,92 0,31 54.373,17 0,28
Outros Benefícios Previdenciários 0,00 0,00 0,00 0,00 184.907,32 0,95
Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso 0,00 0,00 2.687,92 0,02 0,00 0,00
Outros Benefícios Assistenciais 0,00 0,00 5.925,00 0,04 0,00 0,00
Diárias - Civil 184.909,63 1,12 116.770,67 0,69 165.906,50 0,85
Auxílio Financeiro a Estudantes 17.550,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00
Material de Consumo 1.052.526,11 6,39 1.523.170,76 9,02 1.271.425,26 6,52
Material de Distribuição Gratuita 325.215,81 1,98 439.626,14 2,60 419.187,43 2,15
Passagens e Despesas com Locomoção 0,00 0,00 920,72 0,01 3.743,88 0,02
Serviços de Consultoria 2.495,00 0,02 154,40 0,00 20.300,00 0,10
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 771.435,50 4,69 781.364,52 4,63 589.265,49 3,02
Locação de Mão-de-Obra 0,00 0,00 0,00 0,00 53.564,80 0,27
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 3.350.642,00 20,36 3.878.974,74 22,97 4.621.945,00 23,71
Obrigações Tributárias e Contributivas 132.586,90 0,81 190.969,61 1,13 144.450,69 0,74
Sentenças Judiciais 10.001,00 0,06 908,17 0,01 0,00 0,00
Despesas de Exercícios Anteriores 182.730,16 1,11 86.748,49 0,51 297.454,54 1,53
Indenizações e Restituições 3.200,00 0,02 203,63 0,00 0,00 0,00
Outras Despesas Correntes não classificadas de acordo com a codificação da Portaria 163 0,00 0,00 31.188,26 0,18 2.944,50 0,02
             
DESPESAS DE CAPITAL 3.408.401,50 20,71 2.205.610,42 13,06 2.564.811,22 13,16
Investimentos 3.408.401,50 20,71 2.176.625,51 12,89 2.403.178,82 12,33
Material de Consumo 125.554,00 0,76 287.510,40 1,70 40.491,15 0,21
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0,00 0,00 0,00 0,00 120.410,00 0,62
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 0,00 0,00 0,00 0,00 502.314,72 2,58
Obras e Instalações 2.729.150,31 16,58 1.267.235,21 7,50 1.154.382,86 5,92
Equipamentos e Material Permanente 500.569,43 3,04 596.546,30 3,53 573.247,49 2,94
Aquisição de Imóveis 53.127,76 0,32 24.000,00 0,14 0,00 0,00
Despesas de Exercícios Anteriores 0,00 0,00 1.333,60 0,01 12.332,60 0,06
Amortização da Dívida 0,00 0,00 28.984,91 0,17 161.632,40 0,83
Principal da Dívida Contratual Resgatado 0,00 0,00 4.870,26 0,03 0,00 0,00
Despesas de Exercícios Anteriores 0,00 0,00 24.114,65 0,14 161.632,40 0,83
             
Despesa Realizada Total 16.459.799,30 100,00 16.890.167,60 100,00 19.494.225,60 100,00

Obs.: Desconsiderando o valor de R$ 33.997,05 referente às despesas empenhadas e canceladas e/ou e não empenhadas, inclusive despesas com pessoal do exercício anterior, o total das despesas realizadas no exercício em análise passa a ser de R$ 19.460.228,55.

A.3 - ANÁLISE FINANCEIRA

A.3.1 - Movimentação Financeira

O fluxo financeiro do Município no exercício foi o seguinte:

Demonstrativo_09
Fluxo Financeiro Valor (R$)
SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR 391.065,25
Bancos Conta Movimento 130.850,25
Vinculado em Conta Corrente Bancária 260.215,00
   
(+) ENTRADAS 41.008.056,16
Receita Orçamentária 20.290.897,80
Extraorçamentárias 20.717.158,36
Realizável 5.924.626,96
Restos a Pagar 1.166.241,22
Depósitos de Diversas Origens 2.580.532,78
Receitas a Classificar 92.145,10
Outras Operações 2.722.727,71
Transferências Financeiras Recebidas - entrada 8.230.884,59
   
(-) SAÍDAS 40.960.843,44
Despesa Orçamentária 19.494.225,60
Extraorçamentárias 21.466.617,84
Realizável 6.479.191,51
Restos a Pagar 1.405.006,59
Débito de Tesouraria 5.368,00
Depósitos de Diversas Origens 2.615.540,50
Outras Operações 2.722.727,71
Transferências Financeiras Concedidas - Saída 8.238.783,53
   
SALDO PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE 437.663,97
Caixa 22.064,92
Banco Conta Movimento 90.530,85
Vinculado em Conta Corrente Bancária 325.068,20

Fonte : Balanço Financeiro

Obs.:

1) Com relação à divergência no valor de R$ 1.076.487,16, entre os valores de inscrição e baixa da Dívida Flutuante acima informados e aqueles demonstrados na Movimentação da Dívida Flutuante, página 22, deste Relatório, ver anotação feita sob o item B.2.2, páginas 48 e 49, deste Relatório.

2) A divergência no valor de R$ 614,00, entre o Saldo Financeiro para o exercício seguinte registrado no Balanço Financeiro - Anexo 13, R$ 437.663,97, e o apurado na Movimentação Financeira, R$ 438.277,97, ver item B.3.1, páginas 53 e 54, deste Relatório.

3) Com relação à divergência no valor de R$ 7.898,94, entre as Transferências Financeiras Recebidas, R$ 8.230.884,59 e as Transferências Financeiras Concedidas, R$ 8.238.783,53, registradas no Balanço Financeiros - Anexo 13, páginas 15 e 16, deste Relatório, ver anotação feita sob o item B.3.2, páginas 54 e 55, deste Relatório.

OBS.: Por sua vez, as disponibilidades financeiras da Unidade Prefeitura Municipal apresentaram-se da seguinte forma:

    Disponibilidades
Valor (R$)
Caixa 22.064,92
Bancos c/ Movimento 74.142,73
Vinculado em C/C Bancária 49.522,80
Aplicações Financeiras 155.080,51
TOTAL 300.810,96

A.4 - Análise Patrimonial

A.4.1 - Situação Patrimonial

A situação patrimonial do Município no início e no fim do exercício está assim demonstrada:Demonstrativo_10

Situação Patrimonial Início de 2006 Final de 2006
  Valor (R$) % Valor (R$) %
Ativo Financeiro 7.759.769,22 11,10 8.360.932,49 11,43
Disponível 130.850,25 0,19 112.595,77 0,15
Vinculado (*) 260.215,00 0,37 325.068,20 0,44
Realizável (*) 7.368.703,97 10,54 7.923.268,52 10,83
       
Ativo Permanente 62.130.041,44 88,90 64.790.973,43 88,57
Bens Móveis (*) 3.099.859,09 4,44 3.667.449,58 5,01
Bens Imóveis 11.874.220,24 16,99 13.707.704,57 18,74
Créditos 47.155.962,11 67,47 47.415.819,28 64,82
       
Ativo Real 69.889.810,66 100,00 73.151.905,92 100,00
       
ATIVO TOTAL 69.889.810,66 100,00 73.151.905,92 100,00
       
Passivo Financeiro 1.681.477,96 2,41 1.401.722,87 1,92
Restos a Pagar 1.405.628,16 2,01 1.166.248,79 1,59
Débito de Tesouraria 5.368,00 0,01 0,00 0,00
Depósitos Diversas Origens 270.481,80 0,39 235.474,08 0,32
       
Passivo Permanente 73.286,55 0,10 0,00 0,00
Dívida Fundada 73.286,55 0,10 0,00 0,00
       
Passivo Real 1.754.764,51 2,51 1.401.722,87 1,92
       
Ativo Real Líquido (**) 68.135.046,15 97,49 71.750.183,05 98,08
       
PASSIVO TOTAL 69.889.810,66 100,00 73.151.905,92 100,00

Fonte : Balanço Patrimonial

(*) Valores extraídos do Balanço Patrimonial Consolidado da Unidade, Anexo 14, referente ao exercício de 2005, encaminhado em resposta ao Relatório n.° 448/2007, de Restrições constantes do Relatório de Contas Anuais do exercício de 2005, apartadas em autos específicos (PDI - 07/00016937), fls. 983 dos autos.

(**) A divergência, no valor de R$ 2.339,10, entre o saldo patrimonial demonstrado no Balanço Patrimonial (Anexo 14), acima demonstrado, e aquele apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais (Anexo 15), páginas 20 e 21, deste Relatório, encontra-se anotada sob o item B.2.3, páginas 49 a 51, deste Relatório.

OBS.: Desconsiderando o valor de R$ 33.997,05 referente as despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou e não empenhadas, inclusive despesas com pessoal do exercício anterior, conforme informado pela Unidade, apura-se o seguinte:

PASSIVO FINANCEIRO Valor (R$)
Restos a Pagar Processados 282.486,99
Restos a Pagar não Processados 396.036,78
Depósitos de Diversas Origens 57.363,05
TOTAL 735.886,82

A.4.2 - Variação do Patrimônio Financeiro

A.4.2.1 - Variação do Patrimônio Financeiro Consolidado

A variação do patrimônio financeiro do Município é assim demonstrado:

Demonstrativo_11

Grupo Patrimonial Saldo exercício anterior ajustado Desp. Liquidadas empenhadas e canceladas e/ou não empenhadas no exercício anterior Saldo inicial cfe Balanço do exercício anterior Saldo final Variação
Ativo Financeiro 7.759.769,22 0,00 7.759.769,22 8.360.932,49 601.163,27
Passivo Financeiro 1.715.475,01 33.997,05 1.681.477,96 1.401.722,87 279.755,09
Saldo Patrimonial Financeiro 6.044.294,21 33.997,05 6.078.291,26 6.959.209,62 880.918,36

Obs.: A divergência, no valor de R$ 50.249,11, entre a variação do saldo patrimonial financeiro, acima demonstrado, e o resultado orçamentário consolidado ocorrido no exercício em análise (página 4), encontra-se anotada no item B.1.1, páginas 43 e 44, deste Relatório. (página 4 deste relatório), encontra-se anotada sob o item B.1.1, página 44, deste Relatório.

O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do exercício encerrado resulta em um Superávit Financeiro de R$ 6.959.209,62 e a sua correlação demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos existentes, o Município possui R$ 0,17 de dívida a curto prazo.

Em relação ao exercício anterior, ocorreu variação positiva de R$ 880.918,36, passando de um superávit financeiro de R$ 6.078.291,26 para um superávit financeiro de R$ 6.959.209,62

OBS.: Confrontando-se o Ativo Financeiro da Unidade Prefeitura Municipal (R$ 300.810,96) com seu Passivo Financeiro (R$ 735.886,82), apurou-se um Déficit Financeiro de R$ 435.075,86 e a sua correlação demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos existentes, a Prefeitura Municipal possui R$ 2,45 de dívida a curto prazo, comprometendo a execução orçamentária do exercício subseqüente.

A.4.2.3 - Variação do Patrimônio Financeiro Consolidado Ajustado Excluído o Instituto de Previdência

Excluindo o resultado do Instituto de Previdência, apura-se o seguinte resultado do Patrimônio Financeiro nos exercícios de 2005 e 2006

Resultado do Patrimônio Financeiro em 2005

Grupo Patrimonial Município Instituto Saldo Ajustado
Ativo Financeiro (*) 7.759.769,22 5.203.700,65 2.556.068,57
Passivo Financeiro 1.681.477,96 0,00 1.681.477,96

(*) Tendo em vista as alterações efetuadas nos anexos da Lei n.° 4.320/64, que foram devidamente corrigidos e encaminhados nesta oportunidade, o Ativo Financeiro do Município passou a apresentar o valor de R$ 7.759.769,22 ao final do exercício de 2005 (documento às fls. 983 dos autos), razão pela qual este demonstrativo apresenta valores diferentes daqueles constantes do Relatório n.° 5.037/2006, de Prestação de Contas do Prefeito referente ao exercício de 2005.

Resultado do Patrimônio Financeiro em 2006

Grupo Patrimonial Município Instituto Saldo Ajustado
Ativo Financeiro 8.360.932,49 6.985.618,40 1.375.314,09
Passivo Financeiro 1.401.722,87 0,00 1.401.722,87

Com a exclusão do Patrimônio Financeiro do Instituto, a variação do Patrimônio Financeiro do Município passa a ter a seguinte demonstração:

Grupo Patrimonial Saldo inicial Ajustado Saldo final Ajustado Variação

Ajustada

Ativo Financeiro 2.556.068,57 1.375.314,09 (1.180.754,48)
Passivo Financeiro 1.681.477,96 1.401.722,87 279.755,09
Saldo Patrimonial Financeiro 874.590,61 (26.408,78) (900.999,39)

O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do exercício encerrado resulta em um Déficit Financeiro de R$ 26.408,78 e a sua correlação demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos existentes, o Município possui R$ 1,02 de dívida a curto prazo.

O déficit financeiro apurado corresponde a 0,13% dos ingressos auferidos no exercício em exame e, tomando por base a arrecadação média mensal do exercício em questão, equivale a 0,02 arrecadação(ões) mensal(is) (média mensal do exercício).

Em relação ao exercício anterior, ocorreu variação negativa de R$ 900.999,39, passando de um superávit financeiro de R$ 874.590,61 para um déficit financeiro de R$ 26.408,78.

Sobressai-se do exposto a seguinte restrição:

"O Déficit financeiro do Município (Consolidado) da ordem de R$ 26.408,78, ocorreu devido a atraso na liberação dos Convênios 9.548/2006-6, 16730/2005-4 e 9401/2006-3, firmados com o Governo do Estado de Santa Catarina."

Para o presente apontamento, ressalta-se que são válidas as considerações apresentadas no item A.2.a, deste Relatório, haja vista que referem-se ao mesmo assunto. Destarte, resta mantida a restrição em comento.

A.4.3 - Variação Patrimonial

Variação patrimonial é qualquer alteração sofrida pelo patrimônio, resultante ou independente da execução orçamentária.

O quadro abaixo demonstra as variações ocorridas no patrimônio do Município, no período analisado:Demonstrativo_12

VARIAÇÕES RESULTANTES DA

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Valor (R$)
Receita Efetiva 18.437.384,48
Receita Orçamentária 20.290.897,80
(-) Mutações Patr.da Receita 1.853.513,32
   
Despesa Efetiva 16.929.179,28
Despesa Orçamentária 19.494.225,60
(-) Mutações Patrimoniais da Despesa 2.565.046,32
   
RESULTADO PATRIMONIAL DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 1.508.205,20

Demonstrativo_13
VARIAÇÕES INDEPENDENTES DA

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Valor (R$)
Variações Ativas 10.408.033,68
(-) Variações Passivas 8.298.762,88
   
RESULTADO PATRIMONIAL-IEO 2.109.270,80

Demonstrativo_14
RESULTADO PATRIMONIAL Valor (R$)
Resultado Patrimonial da Gestão Orçamentária 1.508.205,20
(+)Resultado Patrimonial-IEO 2.109.270,80
   
RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO 3.617.476,00

Demonstrativo_15
SALDO PATRIMONIAL NO FIM DO EXERCÍCIO Valor (R$)
Ativo Real Líquido do Exercício Anterior 68.135.046,15
(+)Resultado Patrimonial do Exercício 3.617.476,00
   
SALDO PATRIMONIAL NO FIM DO EXERCÍCIO 71.752.522,15

Fonte : Demonstração das Variações Patrimoniais

Obs.: A divergência, no valor de R$ 2.339,10, entre o saldo patrimonial apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais (Anexo 15) e aquele demonstrado no Balanço Patrimonial (Anexo 14), página 17, deste Relatório, encontra-se anotada sob o item B.2.3, páginas 49 a 51, deste Relatório.

A.4.4 - Demonstração da Dívida Pública

A.4.4.1 - Dívida Consolidada

Denomina-se dívida consolidada as obrigações decorrentes de financiamentos ou empréstimos que representem compromissos assumidos, cujo resgate ultrapasse doze meses.

No exercício, a dívida consolidada do Município teve a seguinte movimentação:Demonstrativo_16

MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA CONSOLIDADA

MUNICÍPIO PREFEITURA
Saldo do Exercício Anterior 73.286,55 73.286,55
     
(+) Encampação (Dívida Fundada) 88.345,85 88.345,85
(-) Amortização (Dívida Fundada) 161.632,40 161.632,40
     
Saldo para o Exercício Seguinte 0,00 0,00

Obs.: Com relação à movimentação acima demonstrada, ver anotação feita sob o item B.5.1, páginas 58 e 59, deste Relatório.

A evolução da dívida consolidada, considerando o Balanço Consolidado do Município nos últimos três anos, e a sua relação com a receita arrecadada em cada exercício são assim demonstradas:Demonstrativo_17

Saldo da Dívida Consolidada

2004

2005

2006

  Valor(R$) % Valor(R$) % Valor(R$) %
Saldo 102.271,46 0,58 73.286,55 0,34 0,00 0,00

A.4.4.2 - Dívida Flutuante

Designa-se dívida flutuante aquela contraída pelo tesouro, por um período inferior a doze meses, quer na condição de administrador de bens de terceiros, confiados a sua guarda, quer para atender as momentâneas necessidades de caixa.

No exercício, a dívida flutuante do Município teve a seguinte movimentação:

Demonstrativo_18
MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA FLUTUANTE Valor (R$)
Saldo do Exercício Anterior 1.681.477,96
   
(+) Formação da Dívida 7.545.988,87
(-) Baixa da Dívida 7.825.129,96
   
Saldo para o Exercício Seguinte 1.402.336,87

A evolução da dívida flutuante, nos últimos três anos, e a sua relação com o ativo financeiro em cada exercício são assim demonstradas:

Saldo da Dívida Flutuante

2004

2005

2006

  Valor(R$) % Valor(R$) % Valor(R$) %
Saldo 1.457.184,46 42,06 1.681.477,96 21,66 1.402.336,87 16,77

Obs.: Com relação à divergência entre o saldo da Dívida Flutuante acima informado e aquele demonstrado na análise patrimonial, página 17, deste Relatório, ver anotação feita sob o item B.2.2, páginas 48 e 49, deste Relatório.

Demonstrativo_19

A.4.5 - Comportamento da Dívida Ativa

No exercício, a Dívida Ativa do Município teve a seguinte movimentação:

Demonstrativo_20
MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA Valor (R$)
Saldo do Exercício Anterior 47.155.962,11
   
(+) Inscrição 2.113.370,49
(-) Cobrança no Exercício 1.755.145,16
   
Saldo para o Exercício Seguinte 47.514.187,44

Em virtude da resposta apresentada, nesta oportunidade, sobre o item B.2.1, deste Relatório, a movimentação da Dívida Ativa do Município restou alterada, conforme demonstrado abaixo:

MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA Valor (R$)
Saldo do Exercício Anterior 47.155.962,11
   
(+) Inscrição 2.113.370,49
(-) Cobrança no Exercício 1.929.509,19
   
Saldo para o Exercício Seguinte 47.339.823,41

Obs.: A divergência, no valor de R$ 75.995,87, entre o saldo da Dívida Ativa acima demonstrado e aquele registrado no Balanço Patrimonial da Unidade, página 17, deste Relatório, encontra-se anotada sob o item B.2.1.1, páginas 44 a 47, deste Relatório.

A.5 - Verificação do Cumprimento de Limites Constitucionais/ Legais

A Legislação estabelece limites mínimos para aplicação de recursos na Educação e Saúde, bem como os limites máximos para despesas com pessoal e remuneração de agentes políticos.

A seguir, analisar-se-á o cumprimento destes limites pelo Município.

A - Receitas com Impostos (incluídas as transferências de impostos) Valor (R$) %
Imposto Predial e Territorial Urbano 2.928.331,69 26,60
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 240.165,87 2,18
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 373.935,07 3,40
Imposto s/Transmissão inter vivos de Bens Imóveis e Direitos Reais sobre Bens Imóveis 362.148,52 3,29
Cota do ICMS 1.416.130,17 12,86
Cota-Parte do IPVA 123.285,34 1,12
Cota-Parte do IPI sobre Exportação 49.907,33 0,45
Cota-Parte do FPM 3.422.505,69 31,09
Cota do ITR 9.953,65 0,09
Transferências Financeiras do ICMS - Desoneração L.C. N.º 87/96 223.551,72 2,03
Receita de Dívida Ativa Proveniente de Impostos 1.723.355,14 15,65
Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dívida ativa decorrente de impostos 135.294,42 1,23
     
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 11.008.564,61 100,00

B - DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA DO MUNICÍPIO Valor (R$)
Receitas Correntes Arrecadadas 20.727.578,11
(-) Contribuição dos Servidores ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência Social 496.403,17
(-) Dedução das receitas para formação do FUNDEF 766.680,31
   
   
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 19.464.494,63

A.5.1 - Aplicação de Recursos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

C - DESPESAS COM EDUCAÇÃO INFANTIL Valor (R$)
Educação Infantil (12.365) 1.062.247,82
   
Despesas com Educação Infantil realizadas por meio de Transferências Financeiras ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência (Parte Patronal) 98.463,70
   
TOTAL DAS DESPESAS COM EDUCAÇÃO INFANTIL 1.160.711,52

Demonstrativo_23
D - DESPESAS COM ENSINO FUNDAMENTAL Valor (R$)
Ensino Fundamental (12.361) 4.609.163,27
Despesas com Ensino Fundamental realizadas por meio de transferências financeiras ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência (Parte Patronal) 379.917,09
   
   
TOTAL DAS DESPESAS COM ENSINO FUNDAMENTAL 4.989.080,36

Demonstrativo_24
E - DEDUÇÕES DAS DESPESAS COM EDUCAÇÃO INFANTIL Valor (R$)
Despesas com recursos de convênios destinados à Educação Infantil, conforme informações extraídas do Sistema e-Sfinge, abaixo identificados 5.784,35
   
   
TOTAL DAS DEDUÇÕES COM EDUCAÇÃO INFANTIL 5.784,35

Demonstrativo_25

Quadro demonstrativo das despesas destinadas à Educação Infantil realizadas com recursos de convênios, conforme informações extraídas do Sistema e-Sfinge:

Convênios Valor (R$)
Transferência de recursos FNDE (Fonte de Recursos 15) 5.784,35
TOTAL 5.784,35

F - DEDUÇÕES DAS DESPESAS COM ENSINO FUNDAMENTAL Valor (R$)
Programas Suplementares de Alimentação (Ensino Fundamental) 183.250,48
Despesas com recursos de convênios destinados ao Ensino Fundamental, conforme informações extraídas do Sistema e-Sfinge, abaixo identificados 371.109,18
Despesas classificadas impropriamente em programas de Ensino Fundamental, conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge e relacionada no Anexo I, deste Relatório 23.536,30
   
   
TOTAL DAS DEDUÇÕES COM ENSINO FUNDAMENTAL 577.895,96

Quadro demonstrativo das despesas destinadas ao Ensino Fundamental realizadas com recursos de convênios, conforme informações extraídas do Sistema e-Sfinge:

Convênios Valor (R$)
Transferência de recursos FNDE (Fonte de Recursos 15) 30.653,18
Transferências de Convênios: Educação (Fonte de Recursos 22) 340.456,00
TOTAL 371.109,18

A.5.1.1 - Aplicação do percentual mínimo de 25% da receita de impostos, incluídas as transferências de impostos (artigo 212 da CF)

Componente Valor (R$) %
Total das Despesas com Educação Infantil (Quadro C ) 1.160.711,52 10,54
(+) Total das Despesas com Ensino Fundamental (Quadro D) 4.989.080,36 45,32
(-) Total das Deduções com Educação Infantil (Quadro E) 5.784,35 0,05
(-) Total das Deduções com Ensino Fundamental (Quadro F) 577.895,96 5,25
(-) Ganho com FUNDEF (Retorno maior que o Repasse) 1.957.412,01 17,78
(-) Rendimentos de Aplicações Financeiras dos Recursos do FUNDEF 56.277,61 0,51
(-)Saldo bancário e/ou de aplicação financeira líquido disponível do Fundef no início do exercício 361.592,47 3,28
(+)Saldo bancário e/ou de aplicação financeira líquido disponível do Fundef no final do exercício 127.823,62 1,16
     
Total das Despesas para efeito de Cálculo 3.318.653,10 30,15
     
Valor Mínimo de 25% das Receitas com Impostos (Quadro A) 2.752.141,15 25,00
     
Valor acima do Limite (25%) 566.511,95 5,15

O demonstrativo anterior evidencia que o Município aplicou o montante de R$ 3.318.653,10 em gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a 30,15% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado a maior o valor de R$ 566.511,95, representando 5,15% do mesmo parâmetro, CUMPRINDO o expresso no artigo 212 da Constituição Federal.

A.5.1.2 - Aplicação em manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental no percentual mínimo de 60% incidente sobre os 25% a que se refere o artigo 212 CF (artigo 60 dos ADCT)

Componente Valor (R$)
Despesas com Ensino Fundamental (Quadro D) 4.989.080,36
(-) Deduções das Despesas com Ensino Fundamental (Quadro F) 577.895,96
(-) Ganho com FUNDEF (Retorno maior que o Repasse) 1.957.412,01
(-) Rendimentos de Aplicações Financeiras dos Recursos do FUNDEF 56.277,61
(-)Saldo bancário e/ou de aplicação financeira líquido disponível do Fundef no início do exercício 361.592,47
(+)Saldo bancário e/ou de aplicação financeira líquido disponível do Fundef no final do exercício 127.823,62
   
Total das Despesas para efeito de Cálculo 2.163.725,93
   
25% das Receitas com Impostos 2.752.141,15
   
60% dos 25% das Receitas com Impostos 1.651.284,69
   
Valor Acima do Limite (60% sobre 25%) 512.441,24

Pelo demonstrativo, constata-se que o Município aplicou no ensino fundamental o valor de R$ 2.163.725,93, equivalendo a 78,62% do montante de recursos constitucionalmente destinados à aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino (25% de receitas com impostos, incluídas as transferências com impostos). Dessa forma, verifica-se o CUMPRIMENTO do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

A.5.1.3 - Aplicação do percentual mínimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEF na remuneração dos profissionais do magistério (artigo 60, § 5º do ADCT e artigo 7º da Lei Federal nº 9424/96)

Componente Valor (R$)
Transferências do FUNDEF 2.724.092,32
(+) Rendimentos de Aplicações Financeiras das Contas do FUNDEF 56.277,61
   
60% dos Recursos Oriundos do FUNDEF 1.668.221,96
   
Total dos Gastos Efetuados c/Profissionais do Magistério em Efet. Exerc. Pagos c/Recursos do FUNDEF 1.904.045,78
   
Valor Acima do Limite ( 60 % do FUNDEF c/Profissionais do Magistério) 235.823,82

Conforme demonstrativo acima, evidencia-se que o Município aplicou o valor de R$ 1.904.045,78, equivalendo a 68,48% dos recursos oriundos do FUNDEF, em gastos com a remuneração dos profissionais do magistério, CUMPRINDO o estabelecido no artigo 60, § 5º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e no artigo 7º da Lei Federal nº 9.424/96.

A.5.2 - Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (artigo 198 da Constituição Federal c/c artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT)

G - DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Valor (R$)
Atenção Básica (10.301) 185.509,69
Assistência Hospitalar e Ambulatorial (10.302) 3.418.378,61
Vigilância Sanitária (10.304) 4.938,50
Vigilância Epidemiológica (10.305) 28.054,40
Despesas com Saúde realizadas por meio de transferências financeiras ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência (Parte Patronal) 196.695,54
   
   
TOTAL DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO 3.833.576,74

H - DEDUÇÕES DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Valor (R$)
Despesas com Recursos de Convênios Destinados às Ações e Serviços Públicos de Saúde, conforme informações extraídas do Anexo 10 do Balanço Geral da Unidade, abaixo identificados 754.308,48
Despesas Classificadas impropriamente em Programas de Saúde, conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge e relacionada no Anexo II, deste Relatório 3.404,28
   
   
TOTAL DAS DEDUÇÕES COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO 757.712,76

Quadro demonstrativo das despesas destinadas às Ações e Serviços Públicos de Saúde realizadas com recursos de convênios, conforme informações extraídas do Anexo 10 do Balanço Geral da Unidade:

Convênios Valor (R$)
Transferência de recursos do SUS 629.308,48
Convênio Secretaria do Estado da Saúde 125.000,00
TOTAL 754.308,48

DEMONSTRATIVO PARA VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 198 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL C/C ARTIGO 77 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS – ADCT

Componente Valor (R$) %
Total das Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (Quadro G ) 3.833.576,74 34,82
(-) Total das Deduções com Ações e Serviços Públicos de Saúde (Quadro H ) 757.712,76 6,88
     
TOTAL DAS DESPESAS PARA EFEITO DO CÁLCULO 3.075.863,98 27,94
     
VALOR MÍNIMO A SER APLICADO 1.651.284,69 15,00
     
VALOR ACIMA DO LIMITE 1.424.579,29 12,94

O percentual mínimo de aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde para o exercício de 2006 é de 15% das receitas com impostos, inclusive transferências; estabelecido no § 1º do artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT.

Pelo demonstrativo acima, constata-se que o montante aplicado foi da ordem de R$ 3.075.863,98, correspondendo a um percentual de 27,94% da receita com impostos, inclusive transferências, ficando evidenciado que o município CUMPRIU o referido dispositivo constitucional.

A.5.3 - Despesas com pessoal (artigo 169 da Constituição Federal, regulamentado pela Lei Complementar nº 101/2000)

I - DESPESAS COM PESSOAL DO PODER EXECUTIVO Valor (R$)
Pessoal e Encargos 8.240.289,51
Terceirização para Substituição de Servidores (art. 18, § 1º - LRF), não registrados em Pessoal e Encargos, conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge e relacionada no Anexo III, deste Relatório 87.566,64
Despesas com Pessoal do Poder Executivo realizadas por meio de transferências financeiras ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência (Parte Patronal) 872.880,04
   
   
TOTAL DAS DESPESAS COM PESSOAL DO PODER EXECUTIVO 9.205.501,95

J - DESPESAS COM PESSOAL DO PODER LEGISLATIVO Valor (R$)
Pessoal e Encargos 649.581,29
   
TOTAL DAS DESPESAS COM PESSOAL DO PODER LEGISLATIVO 649.581,29

L - DEDUÇÕES DAS DESPESAS COM PESSOAL DO PODER EXECUTIVO Valor (R$)
Despesas de Exercícios Anteriores 37.583,47
Despesas com pessoal e encargos sociais liquidadas e não empenhadas (ajustadas no exercício anterior) 33.997,05
   
TOTAL DAS DEDUÇÕES COM DESPESAS DE PESSOAL DO PODER EXECUTIVO 71.580,52

A.5.3.1 - Limite máximo de 60% da Receita Corrente Líquida para os gastos com pessoal do Município (Prefeitura, Câmara, Fundos, Fundações, Autarquias, Empresas Estatais Dependentes) – Artigo 169 da Constituição Federal, regulamentado pela Lei Complementar nº 101/2000

Componente Valor (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 19.464.494,63 100,00
     
LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 11.678.696,78 60,00
     
Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 9.205.501,95 47,29
Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 649.581,29 3,34
Total das Deduções das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 71.580,52 0,37
     
TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CÁLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICÍPIO 9.783.502,72 50,26
     
VALOR ABAIXO DO LIMITE DE 60% 1.895.194,06 9,74

O demonstrativo acima comprova que, no exercício em exame, o Município aplicou 50,26% do total da receita corrente líquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 169 da Constituição Federal, regulamentado pela Lei Complementar nº 101/2000.

A.5.3.2 - Limite máximo de 54% da Receita Corrente Líquida para os gastos com pessoal do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundações, Autarquias, Empresas Estatais Dependentes) – Artigo 20, III, "b" da Lei Complementar nº 101/2000

Componente Valor (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 19.464.494,63 100,00
     
LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 10.510.827,10 54,00
     
Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 9.205.501,95 47,29
Total das Deduções das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 71.580,52 0,37
     
Total das Despesas para efeito de Cálculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 9.133.921,43 46,93
     
VALOR ABAIXO DO LIMITE 1.376.905,67 7,07

O demonstrativo comprova que, no exercício em exame, o Poder Executivo aplicou 46,93% do total da receita corrente líquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar nº 101/2000.

A.5.3.3 - Limite máximo de 6% da Receita Corrente Líquida para os gastos com pessoal do Poder Legislativo (Câmara Municipal) – Artigo 20, III, "a" da Lei Complementar nº 101/2000

Componente Valor (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 19.464.494,63 100,00
     
LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 1.167.869,68 6,00
     
Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 649.581,29 3,34
     
Total das Despesas para efeito de Cálculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 649.581,29 3,34
     
VALOR ABAIXO DO LIMITE 518.288,39 2,66

O demonstrativo acima comprova que, no exercício em exame, o Poder Legislativo aplicou 3,34% do total da receita corrente líquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar nº 101/2000.

A.5.4 - Verificação dos Limites Legais do Poder Legislativo

A.5.4.1 - Remuneração Máxima dos Vereadores de 20 a 75% daquela estabelecida para os Deputados Estaduais (artigo 29, inciso VI da CF)

MÊS REMUNERAÇÃO

DE VEREADOR

REMUNERAÇÃO DE DEPUTADO ESTADUAL %
JANEIRO 3.500,00 11.885,41 29,45
FEVEREIRO 3.500,00 11.885,41 29,45
MARÇO 3.500,00 11.885,41 29,45
ABRIL 3.500,00 11.885,41 29,45
MAIO 3.500,00 11.885,41 29,45
JUNHO 3.500,00 11.885,41 29,45
JULHO 3.500,00 11.885,41 29,45
AGOSTO 3.500,00 11.885,41 29,45
SETEMBRO 3.500,00 11.885,41 29,45
OUTUBRO 3.500,00 11.885,41 29,45
NOVEMBRO 3.500,00 11.885,41 29,45
DEZEMBRO 3.500,00 11.885,41 29,45

A remuneração dos vereadores não ultrapassou o limite de 30,00% (referente aos seus 11.866 habitantes, segundo dados divulgados pelo IBGE - estimativa de 2005) da remuneração dos Deputados Estaduais, CUMPRINDO o disposto no artigo 29, inciso VI da Constituição Federal.

A.5.4.2 - Limite máximo de 5% da receita do Município para a remuneração total dos vereadores (artigo 29, inciso VII da CF)Demonstrativo_33

RECEITA TOTAL DO MUNICÍPIO REMUNERAÇÃO TOTAL DOS VEREADORES %
20.290.897,80 393.000,00 1,94

O montante gasto com a remuneração dos vereadores no exercício foi da ordem de R$ 393.000,00, representando 1,94% da receita total do Município (R$ 20.290.897,80). Desta forma, fica evidenciado o CUMPRIMENTO do estabelecido no artigo 29, VII da Constituição Federal.

A.5.4.3 - Limite máximo de 5 a 8% da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 da CF, efetivamente realizada no exercício anterior, para o total da despesa do Poder Legislativo, excluindo-se os inativos (artigo 29-A da CF)

RECEITA TRIBUTÁRIA E DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DO EXERCÍCIO ANTERIOR Valor (R$) %
Receita Tributária 5.612.771,08 51,01
Transferências Constitucionais (§ 5º do artigo 153, e artigos 158 e 159 da C.F.) 4.612.901,78 41,92
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP do exercício anterior 777.687,83 7,07
Total da Receita Tributária e de Transferências Constitucionais 11.003.360,69 100,00
     
Despesa Total do Poder Legislativo 889.141,84 0,00
Total das despesas para efeito de cálculo 889.141,84 8,08
     
Valor Máximo a ser Aplicado 880.268,86 8,00
Valor Acima do Limite 8.872,98 0,08

O montante da despesa do Poder Legislativo foi da ordem de R$ 889.141,84, representando 8,08% da receita tributária do Município, e das transferências previstas no § 5º do artigo 153, e artigos 158 e 159 da CF, arrecadadas no exercício de 2005 (R$ 11.003.360,69). Desta forma, fica evidenciado que o Poder Legislativo DESCUMPRIU o limite de 8,00% (referente aos seus 11.866 habitantes, segundo dados divulgados pelo IBGE - estimativa de 2005), conforme estabelecido no artigo 29-A da Constituição Federal, resultando, dessa forma, nas seguintes restrições:

A.5.4.3.a - Despesa total do Poder Legislativo, no montante de R$ 889.141,84, excluindo-se os inativos, representando 8,08% da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 da CF, efetivamente realizada no exercício anterior, portanto, superior ao limite de 8% (R$ 880.268,86), em descumprimento ao artigo 29-A da Constituição Federal.

A.5.4.3.b - Repasse do Poder Executivo ao Poder Legislativo, a título de suprimentos, no montante de R$ 894.106,12 (8,13%), quando o limite máximo a ser repassado seria de R$ 880.268,86 (8,00%), portanto, em valor excedente de R$ 13.837,26, correspondendo a 0,13% das Receitas Tributárias e Transferências previstas no § 5º do artigo 153 e artigos 158 e 159 da C.F., referentes ao exercício de 2005, em descumprimento ao estabelecido pelo art. 29-A, § 2º da Constituição Federal.

A Unidade respondeu:

"1. A base de cálculo a que se refere o art. 29-A da Constituição Federal é formada pelas seguintes receitas: FPM (art. 159 da CF) , IRRF (art. 158 ,I, da CF), ITR (art. 158, II, da CF), IPI – Exportação (Art. 159, II, da CF) IOF-ouro (art. 153 CF), ICMS (art. 158, IV, da CF), IPVA (art. 158, III, da CF), Lei Complementar n.º 87/96 (art. 31), IPTU, ITBI, ISS, taxas e contribuições de melhoria , COSIP (art. 149-A da CF), contribuições previdenciárias dos servidores, exclusivamente, e desde que existente regime próprio de previdência, instituído na forma prevista na Lei n.º 9.717/98, Dívida Ativa Tributária arrecadada, exceto, nesse caso, multas e juros.

RECEITAS TRIBUTÁRIA E DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DO EXERCÍCIO DE 2005 VALOR (R$)
RECEITA TRIBUTARIA 3.945.251,86
FPM 3.106.864,04
ICMS 1.315.811,51
IPVA 94.843,20
COSIP 777.687,83
DIVIDA ATIVA 1.672.437,36
ICMS -DESONERAÇÃO LEI 87/96 38.067,42
IPI- SOBRE EXPORTAÇÃO 38.138,34
ITR 5.181,59
* CONTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES 448.777,26
TOTAL 11.443.060,41
   
Despesa Total do Poder Legislativo 889.141,84
Valor Máximo a ser Aplicado 915.444,84
Valor Abaixo do Limite de até 8% 26.303,00

Segue cópia do Prejulgado 1642/2005. ANEXO II

Dessa forma, o Poder Executivo CUMPRIU o limite de até 8,00%, conforme estabelecido no art. 29-A da Constituição Federal."

Em razão deste Tribunal de Contas, através do Processo CON-05/00069832, da Câmara Municipal de São Miguel do Oeste, Parecer COG- 100/05, Decisão 693/2005, em sessão de 18/04/2005, folhas 1.087 a 1.089, ter exarado o Prejulgado nº 1.642, a respeito da base de cálculo para fins de apuração do total da Receita Tributária e de Transferências Constitucionais, sobre o qual verifica-se que integra para fins de cômputo do referido cálculo, as contribuições previdênciárias dos servidores, desde que existente regime próprio de previdência, instituído na forma prevista na Lei nº 9.717/98, conforme abaixo, e o Município de Itapoá possuir regime próprio de previdência no exercício de 2005, onde as contribuições previdenciárias dos servidores ao regime próprio atingiu o montante de R$ 448.777,26, conforme demonstrado no Processo PCA 06/00204235, através do Balanço Geral de 2005, do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Itapoá - IPESI, folhas 1.148 a 1.150, constata-se a procedência da alegação da Unidade, neste sentido.

Prejulgado nº 1.642

1. A base de cálculo a que se refere o art. 29-A da Constituição Federal é formada pelas seguintes receitas: FPM (art. 159 da Constituição Federal), IRRF (art. 158, I, da CF), ITR (art. 158, II, da CF), IPI-Exportação (art. 159, II, da CF), IOF-ouro (art. 153, §5º, II, da CF), ICMS (art. 158, IV, da CF), IPVA (art. 158, III, da CF), Lei Complementar nº 87/96 (art. 31, §1º, II), IPTU, ITBI, ISS, taxas e contribuições de melhoria, COSIP (art. 149-A da CF), contribuições previdenciárias dos servidores, exclusivamente, e desde que existente regime próprio de previdência, instituído na forma prevista na Lei nº 9.717/98, e Dívida Ativa Tributária arrecadada, exceto, nesse caso, multas e juros. (grifo nosso)

Ante o exposto, para fins Limite máximo de 5 a 8% da Receita Tributária e das Transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 da CF, efetivamente realizada no exercício anterior, para o total da despesa do Poder Legislativo, excluindo-se os inativos (artigo 29-A da CF), tem-se o novo quadro a seguir:

RECEITA TRIBUTÁRIA E DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DO EXERCÍCIO ANTERIOR Valor (R$) %
Receita Tributária 5.612.771,08 49,01
Transferências Constitucionais (§ 5º do artigo 153, e artigos 158 e 159 da C.F.) 4.612.901,78 40,28
Receita de Contribuições dos Servidores ao Regime Próprio de Previdência e/ou Assistência Social 448.777,26 3,92
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP do exercício anterior 777.687,83 6,79
Total da Receita Tributária e de Transferências Constitucionais 11.452.137,95 100,00
     
Despesa Total do Poder Legislativo 889.141,84 0,00
Total das despesas para efeito de cálculo 889.141,84 7,76
     
Valor Máximo a ser Aplicado 916.171,04 8,00
Valor Abaixo do Limite 27.029,20 0,24

Assim, o montante da despesa do Poder Legislativo foi da ordem de R$ 889.141,84, representando 7,76% da receita tributária do Município, e das transferências previstas no § 5º do artigo 153, e artigos 158 e 159 da CF, arrecadadas no exercício de 2005 (R$ 11.452.137,95). Desta forma, fica evidenciado que o Poder Legislativo CUMPRIU o limite de 8,00% (referente aos seus 11.866 habitantes, segundo dados divulgados pelo IBGE - estimativa de 2005), conforme estabelecido no artigo 29-A da Constituição Federal.

Ademais, o repasse do Poder Executivo ao Poder Legislativo, a título de suprimentos, no montante de R$ 894.106,12 atingiu 7,81%, quando o limite máximo a ser repassado seria de R$ 916.171,04 (8,00%), portanto, a menor em R$ 22.064,92, correspondendo a 0,19% das Receitas Tributárias e Transferências previstas no § 5º do artigo 153 e artigos 158 e 159 da C.F., referentes ao exercício de 2005 (R$ 11.452.137,95), evidenciando que cumpriu o estabelecido pelo art. 29-A, § 2º da Constituição Federal.

Por fim, restam desconstuidas as restrições acima, subitens A.5.4.3.a e A.5.4.3.b.

A.5.4.4 - Limite máximo de 70% da receita da Câmara para o total da despesa relativa a folha de pagamento, inclusive dos vereadores (artigo 29-A, § 1º, da CF)

RECEITA DO PODER LEGISLATIVO DESPESA COM

FOLHA DE PAGAMENTO

%
916.171,04 545.620,35 59,55

Obs.: A receita do Poder Legislativo foi alterada de R$ 880.268,86 para R$ 916.171,04, em função do disposto no item A.5.4.3, deste Relatório. Entretanto, restou mantido o cumprimento para fins deste item.

O montante da despesa com folha de pagamento foi da ordem de R$ 545.620,35, representando 59,55% da receita total do Poder (R$ 916.171,04). Desta forma, fica evidenciado que o Poder Legislativo CUMPRIU o estabelecido no artigo 29 A, § 1º da Constituição Federal.

Ressalta-se que o Tribunal de Contas entendeu, conforme decisão no Processo nº CON 01/01918283, parecer nº 674/01, que a "Receita do Poder Legislativo" é aquela consignada no orçamento municipal para as dotações destinadas à Câmara, considerando as alterações orçamentárias efetuadas; ou o valor do limite estabelecido no caput do artigo 29-A da Constituição Federal (5 a 8% da receita tributária e de transferências do exercício anterior), face ao disposto no parágrafo 2º deste dispositivo, que remete ao Prefeito Municipal crime de responsabilidade, caso efetue repasse a maior do que o limite estabelecido. Desta forma, utiliza-se, dos dois parâmetros, o menor valor como base de cálculo para verificação do limite estabelecido no parágrafo 1º do artigo 29-A da Constituição Federal.

A.6. DA GESTÃO FISCAL DO PODER EXECUTIVO

Na análise dos dados de gestão fiscal informados pela Prefeitura, através do Sistema e-Sfinge, consoante dispõe o artigo 26 da Lei Orgânica do TCE e o § 5º do artigo 27 do Regimento Interno (Resolução nº TC-06/2001), ressaltou-se o que segue:

A.6.1 - Metas realizadas em relação às previstas

A.6.1.1 - Meta fiscal da receita prevista na LDO em conformidade com a Lei Complementar n.° 101/2000, art. 4º, § 1º não atingida

Meta Fiscal da Receita
RECEITA PREVISTA

R$

RECEITA REALIZADA

R$

DIFERENÇA

R$

22.417.000,00 20.290.897,80 2.126.102,20

Obs.: Dados extraídos do Balanço Geral da Unidade, visto que o sistema e-Sfinge apresentava dados incorretos.

A meta fiscal de receita prevista até o 6º bimestre/2006, em conformidade com o disposto no art. 4º, § 1º da Lei Complementar n.° 101/2000, não foi atingida, sendo arrecadado R$ 20.290897,80, o que representou 90,52% da receita prevista (R$ 22.417000,00), situando-se abaixo do previsto.

A.6.1.2 - Meta fiscal da despesa prevista na LDO em conformidade com a L.C. n. 101/2000, art. 4º, § 1º, atingida

Meta Fiscal da Despesa
DESPESA PREVISTA

R$

DESPESA REALIZADA

R$

DIFERENÇA

R$

22.417.000,00 19.494.225,60 2.922.774,40

Obs.: Dados extraídos do Balanço Geral da Unidade, visto que o sistema e-Sfinge apresentava dados incorretos.

A meta fiscal da despesa prevista até o 6º bimestre/2006, em conformidade com o disposto no art. 4º, § 1º da L.C. 101/2000, foi atingida, sendo realizadas despesas na importância de R$ 19.494.225,60, o que representou 86,96% da despesa prevista (R$ 22.417.000,00), situando-se abaixo do previsto.

A.6.1.3 - Meta Fiscal de resultado nominal prevista na LDO em conformidade com a Lei Complemenar n.º 101/2000, art. 4º, § 1º e 9º, não realizada até o 6° bimestre

Meta Fiscal de Resultado Nominal
PERÍODO PREVISTA NA LDO REALIZADA ATÉ O BIMESTRE DIFERENÇA ALCANÇADA/

NÃO ALCANÇADA

Até o 1º Bimestre 17.500,00 1.780.000,00 1.762.500,00 Não Alcançada
Até o 2º Bimestre 35.423,57 (299.647,63) (335.071,20) Alcançada
Até o 3º Bimestre 114.807,69 (318.235,61) (433.043,30) Alcançada
Até o 4º Bimestre 129.821,00 (115.654,86) (245.475,86) Alcançada
Até o 5º Bimestre 137.082,35 (95.755,00) (232.837,35) Alcançada
Até o 6º Bimestre 199.000,00 1.019.463,86 820.463,86 Não Alcançada

Obs.: Dados obtidos através de pesquisa ao sistema e-Sfinge.

A Lei Complementar n° 101/2000, no artigo 9º, dispõe que se ao final de um bimestre for verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, integrante da LDO, os Poderes promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A meta fiscal de resultado nominal prevista até o 6° Bimestre/2006 não foi alcançada, tendo sido previsto o resultado de R$ 199.000,00 e alcançado R$ 1.019.463,86, situando-se abaixo do previsto, sujeitando por essa razão, o Município a ter estabelecido limitação de empenho e movimentação financeira, conforme dispõe o artigo 9º da LRF, ensejando a seguinte restrição:

A.6.1.3.1. Meta Fiscal de Resultado Nominal prevista na LDO em conformidade com a Lei Complementar n.° 101/2000, art. 4º, § 1º e 9°, não realizada até o 6º bimestre de 2006, descumprindo preceitos contidos no art. 2º da Lei n.º 037/2005 (Lei de Diretrizes Orçamentárias)

A.6.1.4 - Meta Fiscal de resultado primário prevista na LDO em conformidade com a Lei Complementar n.º 101/2000, art. 4º, § 1º e 9º, não realizada até o 6° bimestre

Meta Fiscal de Resultado Primário
PERÍODO PREVISTA NA LDO REALIZADA ATÉ O BIMESTRE DIFERENÇA ALCANÇADA/

NÃO ALCANÇADA

Até o 1º Bimestre 2.918,25 1.663.857,12 1.660.938,87 Alcançada
Até o 2º Bimestre 3.658,77 1.549.777,45 1.546.118,68 Alcançada
Até o 3º Bimestre 5.242,89 1.459.316,84 1.454.073,95 Alcançada
Até o 4º Bimestre 5.524,88 1.495.296,84 1.489.771,96 Alcançada
Até o 5º Bimestre 5.808,06 1.717.670,53 1.711.862,47 Alcançada
Até o 6º Bimestre 5.000,00 (190.712,23) (195.712,23) Não Alcançada

Obs.: Dados obtidos através de pesquisa ao sistema e-Sfinge.

A Lei Complementar n° 101/2000, no artigo 9º, dispõe que se ao final de um bimestre for verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento de metas de resultado primário estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, integrante da LDO, os Poderes promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A meta fiscal de resultado primário prevista até o 6° Bimestre/2006 não foi alcançada, tendo sido previsto o resultado de R$ 5.000,00 e alcançado R$ -190.712,23, o que representou -3.814,24% da meta prevista, situando-se abaixo do previsto, sujeitando por essa razão, o Município a ter estabelecido limitação de empenho e movimentação financeira, conforme dispõe o artigo 9º da LRF, ensejando a seguinte restrição:

A.6.1.4.1. Meta Fiscal de Resultado Primário prevista na LDO em conformidade com a Lei Complementar n.° 101/2000, art. 4º, § 1º e 9°, não realizada até o 6º bimestre de 2006, descumprindo preceitos contidos no art. 2º da Lei n.º 037/2005 (Lei de Diretrizes Orçamentárias)

A.7. DO CONTROLE INTERNO

O Controle Interno na Administração Pública é aquele que se realiza internamente, ou seja, através dos órgãos componentes da própria estrutura administrativa que pratica e fiscaliza os atos sujeitos ao seu controle.

Na Constituição Federal de 1988, as regras que estabelecem a competência do Sistema de Controle Interno, no plano federal, estão insculpidas no caput do artigo 70, que dispõe:

"Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder." (grifo nosso).

No caso dos Municípios, respeitando sua autonomia deferida pelo texto Constitucional, o Sistema de Controle Interno está previsto no artigo 31, porém, a cargo do Poder Executivo.

"Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei." (grifo nosso).

A partir do exercício de 2000, a Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, consoante dispositivos previstos no artigo 59, impõe que a fiscalização da gestão fiscal se faça através do sistema de controle interno, exigindo o acompanhamento concomitante da gestão orçamentária, financeira e patrimonial da Administração Pública, determinando inclusive o atingimento de metas estabelecidas pelo sistema de planejamento e a obediência de condições e limites de despesas e controle de dívidas.

Em simetria à Carta Constitucional de 1988, a Constituição Estadual define a forma de controle e fiscalização da Administração Pública nos artigos 58 a 62 e, especificamente para os municípios, o controle via Sistema de Controle Interno está previsto no artigo 113.

"Art. 113 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da administração pública municipal, quanto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas, é exercida:

I - pela Câmara Municipal, mediante controle externo;

II - pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal." (grifo nosso).

A obrigatoriedade da implantação do Sistema de Controle Interno também está regulada no artigo 119 da Lei Complementar Estadual nº 202/2000, com nova redação dada pela Lei Complementar Estadual nº 246/2003, de 09 de junho de 2003, o que deveria ocorrer até o final do exercício de 2003.

"Art. 119 - A organização do sistema de controle interno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado e, no que couber, dos Municípios deve ocorrer até o final do exercício de 2003."

Por força do artigo 31 da Constituição Federal de 1988, a implementação do Sistema de Controle Interno no âmbito municipal deve ser consoante lei de iniciativa do Poder Executivo.

É imperativo que a lei instituidora do Sistema de Controle Interno regule a forma de controle a ser realizado abrangendo todas as atividades e serviços desenvolvidos, toda a estrutura administrativa, assim como todos os seus setores e agentes.

O Município de Itapoá instituiu o Sistema de Controle Interno através da Lei Municipal n.º 09, de 19/08/2005, portanto, fora do prazo previsto no art. 119 da Lei Complementar n.° 202/2000.

Para ocupar o cargo do responsável pelo Órgão Central de Controle Interno, foi nomeada através da Portaria n.º 137/2005, em 01/09/2005, a Sra. Wilmara Jaqueline Madeira Pitta - cargo comissionado.

A partir do exercício de 2005, a obrigatoriedade da remessa do relatório de controle interno, passou a ser bimestral, coincidindo a distribuição dos meses que comporão esses períodos com o exercício financeiro, conforme disposto no art. 2º, parágrafo 5º da Resolução TC nº - 11/2004, de 06/12/2004, que alterou o art. 5º e respectivos parágrafos, da Resolução nº TC -16/94.

Verificou-se que o Município de Itapoá encaminhou os Relatórios de Controle Interno referentes ao 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º bimestres de 2006.

Contudo, dos relatórios enviados, verificou-se que os abaixo identificados foram remetidos com atraso, em desacordo ao disposto no art. 5°, § 3°, da Resolução n.° TC - 16/94, com nova redação dada pela Resolução n.° TC - 11/2004:

Bimestre N.° Protocolo Data Protocolo Dias de atraso
14.677 11/09/06 164
17.314 07/11/06 99
17.314 07/11/06 38
18.793 05/12/06 5

"Art. 5° [...]

§ 3º - Será remetido, até o último dia do mês seguinte ao período de referência, no âmbito do Estado, pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas; e no âmbito dos municípios, pelos Poderes Executivo e Legislativo, o Relatório de Controle Interno contendo a análise circunstanciada dos atos e fatos administrativos, da execução orçamentária e dos registros contábeis, evidenciando, se for o caso, as possíveis falhas, irregularidades ou ilegalidades constatadas, bem como as medidas implementadas para a sua regularização."

Em 03/10/2006, o Tribunal de Contas, através da Diretoria de Controle dos Municípios - DMU, encaminhou ao Sr. Prefeito Municipal e à Responsável pelo Controle Interno, respectivamente, os Ofícios n.ºs TC/DMU 14.457 e 14.458, determinando no parágrafo 5º o que segue:

"Devem ainda integrar os citados relatórios as informações relativas ao ato de limitação de empenho no bimestre, se for o caso, e sobre a divulgação, local, quantidade de pessoas e realização das audiências públicas para avaliar as metas fiscais do quadrimestre (maio, setembro e fevereiro), conforme dispõe o artigo 9º, § 4º da Lei Complementar 101/2000, bem como sobre as audiências públicas para discutir os projetos de leis relativas a Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária em atendimento ao artigo 48, parágrafo único da Lei de Responsabilidade Fiscal."

Verificou-se que o Relatório remetido referente ao 6º bimestre contempla as informações solicitadas no ofício supracitado.

Na análise preliminar efetuada nos Relatórios remetidos verificou-se que:

Do Poder Executivo:

7.1 - O Relatório de Controle Interno contendo a análise circunstanciada referente ao exercício de 2006 apontou:

7.1.1 - Déficit de Execução Orçamentária da Unidade Prefeitura Municipal, da ordem de R$ 1.194.750,99;

7.1.2 - Déficit Financeiro da Unidade Prefeitura Municipal, no valor de R$ 435.075,86, do Fundo Municipal de Saúde, no valor de R$ 38.731,39 e da Câmara Municipal, no valor de R$ 2.023,45;

7.1.3 - Meta Fiscal da Receita consolidada não alcançada em R$ 2.126.102,20.

Para fins de emissão de Parecer Prévio, por parte desta Corte de Contas, a seguinte restrição comporá a conclusão deste Relatório:

A.7.2 - Atraso na remessa dos Relatórios de Controle Interno referentes aos 1°, 3°, 4° e 5° bimestres de 2006, em descumprimento ao art. 5º, § 3º da Resolução nº TC - 16/94, alterada pela Resolução nº TC - 11/2004

B - OUTRAS RESTRIÇÕES

B.1 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

(Anexo 12 da Lei n.° 4.320/64)

B.1.1 - Divergência no valor de R$ 50.249,11, entre o Superávit Orçamentário do Exercício (Consolidado), registrado no Balanço Orçamentário - Anexo 12 da Lei n.° 4.320/64 (R$ 830.669,25), e a variação do saldo patrimonial financeiro (R$ 880.918,36), em descumprimento ao artigo 85 c/c 102 da Lei Federal n.° 4.320/64

Verificou-se divergência entre o Superávit Orçamentário do Exercício registrado no Balanço Orçamentário, Anexo 12 da Lei n.° 4.320/64, e a variação do saldo patrimonial financeiro, no montante de R$ 50.249,11.

A divergência apontada decorre da diferença na apuração do saldo da Dívida Flutuante (item B.2.2), do ajuste referente às despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou não empenhadas no exercício anterior, da diferença apurada entre o valor das Transferências Financeiras Recebidas e as Concedidas registrado no Balanço Financeiro, entre outras, conforme demonstrado a seguir:

Superávit Orçamentário do exercício - Anexo 12 ............ = R$ 796.672,20

(+) ajuste despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou

sequer empenhadas incluídas no resultado orçamentário do

exercício anterior ............................................................. = R$ 33.997,05

Superávit Orçamentário do exercício .............................. = R$ 830.669,25

(-) Variação do Saldo Patrimonial Financeiro ................. = R$ 880.918,36

(=) Valor da Divergência = R$ 50.249,11

(-) Divergência Dívida Flutuante .................................... = R$ (614,00)

(-) Ajuste despesas liquidadas, empenhadas e

canceladas e/ou não empenhadas em 2005............. = R$ (33.997,05)

(-) Divergência nas Transferências Financeiras ........... = R$ (7.898,94)

(-) Outras diferenças não identificadas ......................... = R$ (7.739,12)

Tal fato caracteriza descumprimento ao disposto no artigo 85 c/c 102 da Lei Federal n.° 4.320/64 que preconizam:

"Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros."

"Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas."

A Unidade respondeu:

"Superávit Orçamentário do exercício 2006 – Anexo12..................=R$ 796.672,20

( + ) ajuste despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou

sequer empenhadas incluídas no resultado orçamentário do

exercício anterior ...................................................................= R$ 33.997,05

Superávit Orçamentário do exercício ....... ..................................= R$ 830.669,25

( - ) Variação do Saldo Patrimonial Financeiro ............................= R$ 880.918,36

( = ) Valor da Divergência = R$ 50.249,11

( + ) Divergência Dívida Flutuante ..............................................= R$ 614,00

Total Divergência ...................................................................... = R$ 50.863,11

Divergência de .......................................................................... = R$ 50.863,11

( - ) Divergência verificada nas transferências financeiras

do Instituto de Previdência do Servidores Públicos de Itapoá

referente no exercício de 2005, já mencionado na resposta

ao oficio n.º 3.821/2007, do processo PDI 07/00016937 .............= R$ (50.902,96)

( + ) Outras diferenças não identificadas ....................................... R$ 39,85 A referida divergência será corrigida, no balanço consolidado do exercício de 2007."

A divergência de R$ 50.249,11 entre o Superávit Orçamentário do Exercício (ajustado), R$ 830.669,25 e a Variação do Saldo Patrimonial Financeiro, R$ 880.918,36, apurada pela Instrução, decorreu de alguns fatores, conforme mencionado acima, sendo que, em resposta, a própria Unidade reconhece e compromete-se a regularizar o apontado, no exercício de 2007, o que é plausível. Entretanto, para o exercício de 2006, resta inalterada a presente restrição.

B.2 - BALANÇO PATRIMONIAL

(Anexo 14 da Lei n.° 4.320/64)

B.2.1 - DIVERGÊNCIA no valor de R$ 98.368,16, na apuração do Saldo da Dívida Ativa ao final do exercício, entre o valor apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais - Anexo 15 da Lei n.° 4.320/64, R$ 47.514.187,44, e aquele registrado no Balanço Patrimonial - Anexo 14, R$ 47.415.819,28, em desacordo com o disposto no artigo 39, § 1°, c/c 105, II, § 2º, da Lei nº 4.320/64

Verificou-se divergência na apuração do saldo da Dívida Ativa ao final do exercício, entre o valor apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais - Anexo 15 da Lei n.° 4.320/64 e aquele registrado no Balanço Patrimonial - Anexo 14, indicando que foram incorporados, indevidamente, valores a título de multas/juros, gerando uma baixa indevida da conta créditos - Dívida Ativa da ordem de R$ 98.368,16, com repercussão na apuração do Saldo Patrimonial do exercício, conforme demonstrado a seguir:

Demonstração das Variações Patrimoniais (Anexo 15)

Cobrança da Dívida Ativa ............................................ = R$ 1.685.440,49

(+) Liquidação de Créditos (IPESI) .............................. = R$ 69.704,67

= R$ 1.755.145,16

Multas e Juros da Dívida Ativa ................................... = R$ 98.368,16

Valor Registrado no Balanço Patrimonial ................................ = R$ 1.853.513,32

MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA - Valores em R$
  Valor Registrado no Balanço Patrimonial Valor Apurado pela Instrução no Anexo 15
Saldo do Exercício Anterior

47.155.962,11 47.155.962,11
     
(+) Inscrição 2.113,370,49 2.113,370,49
(-) Cobrança no Exercício (1.853.513,32) (1.755.145,16)
     
Saldo para o Exercício Seguinte 47.415.819,28 47.514.187,44
Valor da Divergência 98.368,16

A divergência apontada está em desacordo com o que dispõe o artigo 39, § 1°, c/c 105, II, § 2º, da Lei nº 4.320/64

"Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.

§ 1.º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título."

"Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

[...]

II - O Ativo Permanente;

[...]

§ 2.º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa."

A Unidade respondeu:

"A divergência de R$ 98.368,19, na apuração do saldo da Dívida Ativa, é resultado da arrecadação das receitas de cobrança de MULTAS e JUROS de MORA da DIVIDA ATIVA dos TRIBUTOS (Anexo 10: 1913.00.00.00), que no exercício de 2006 arrecadou R$ 99.527,02. No entanto, cfe. anexo 15 do Balanço Consolidado, foi registrado somente R$ 98.368,19, que passa a configurar divergência de R$ 1.158,83, que será corrigido no exercício de 2007.

Demonstração da Divergência de R$ 98.368,19."

MOVIMENTAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA Valor (R$)
Saldo do Exercício anterior 47.155.962,11
( + ) Inscrição 2.113.370,49
( - ) Cobrança no Exercício da Divida Ativa 1.760.277,50
( - ) Cobrança de Juros e Multas 99.527,02
( - ) Liquidação de Créditos do IPESI 69.704,67
Saldo apresentado no anexo 14 do balanço 2006 47.415.819,28
Divergência a ser corrigida no exercício de 2007 75.996,87
Total 47.339.823,41

Em análise a Demonstração das Variações Patrimoniais - Anexo 15, da Lei n.° 4.320/64, folhas 220 e 221, e ao Balanço Patrimonial - Anexo 14, da Lei n.° 4.320/64, folhas 219, ambos do Balanço Consolidado (2006), verifica-se que o valor de apuração do Saldo da Dívida Ativa no final do exercício de 2006, está em consonância, conforme a seguir demonstrado:


1 A Portaria nº 470, da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, de 31/08/2004, apresenta dentre outras normas a possibilidade de considerar como "Outras Disponibilidades Financeiras" os recursos que embora não integrem os Ativos da Unidade, uma vez que são considerados líquidos e certos, provenientes do orçamento, de acordo com as regras trazidas pela Portaria nº 447 da STN.